Professores e alunos da Faculdade de Direito do Recife realizam nesta segunda-feira (04/04), às 19 horas, um ato em defesa das investigações da Operação Lava Jato e das instituições democráticas brasileiras. A iniciativa também contesta o discurso do PT e do governo da presidente Dilma Rousseff que insistem em tachar de golpe o processo de impeachment que tramita em comissão especial na Câmara dos Deputados. O ato será em frente à Faculdade de Direito, no centro do Recife.
O manifesto que respalda a iniciativa alerta para a grave crise pela qual passa o país – “a maior desde a redemocratização” – e, principalmente, para as evidências de intimidação, que partem do governo da presidente Dilma, à autonomia de instituições como o Poder Judiciário, a Polícia Federal e o Ministério Público.
“No Estado Democrático de Direito não há poder legítimo à margem da Lei e das garantias constitucionais, o que deve ser respeitado por todos e, sobretudo, pelos eleitos por voto popular. É chegada a hora de defender a democracia em face de quem trata divergência como pecado e opositores como inimigos do povo. É preciso reafirmar a importância das instituições perante aqueles que sequer reconhecem a legitimidade da insatisfação claramente generalizada das multidões em todo o Brasil”, diz o manifesto que conta com o apoio de grupos como o Vem pra Rua, do Instituto Ética e Democracia, do Movimento Brasil Livre, do Instituto Liberal Pernambucano e Sociedade Hayek.
O presidente do PSDB do Recife, vereador André Régis, apoia e participará do ato de logo mais. O tucano entende que o Brasil deve muito às instituições que, hoje sob ataque, precisam ser defendidas em nome de um país próspero, livre e decente.
“Após a famosa batalha da Inglaterra (quando a Royal Air Force impediu a invasão nazista na Grã-Bretanha), Winston Churchill afirmou, acerca dos heróis da RAF: ‘Nunca tantos deveram tanto a tão poucos’. Guardando as devidas proporções, no Brasil dos dias atuais, podemos dizer o mesmo para valorizar e defender todos os participantes da Operação Lava-Jato”, ressaltou.