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“Privatização das BR-232”, por Terezinha Nunes

Terezinha-Nunes-sorrindo-entrevista-300x169Peça fundamental para a interiorização do desenvolvimento de Pernambuco, a  duplicação da BR 232 na administração Jarbas Vasconcelos foi a mais festejada das obras realizadas com os recursos da privatização da Celpe, iniciada no Governo Arraes e concluída por Jarbas.

Passar 6 horas para chegar a Caruaru em época junina era o drama dos pernambucanos apaixonados pelas festas no interior, antes de feita a duplicação.

Durante muito anos o verdadeiro tapete em que se transformou a estrada que antes envergonhava os pernambucanos, serviu para elevar a nossa autoestima e incentivar o renascimento do turismo, além de levar empresas a se instalarem ao longo da rodovia, favorecendo os municípios do seu entorno.

Hoje, mais de dez anos depois, a 232 virou um problema em sua manutenção e este ano sua má conservação já obrigou algumas pessoas a percorrer a distância Recife-Gravatá em até 3 horas, nos horários de pico. Voltamos ao tempo anterior à duplicação.

Discutir o que houve nesse período para a estrada ficar como está é chover no molhado. O que ficou claro nesse tempo foi que o estado não tem condições financeiras para manter a rodovia e ela vai acabar sendo destruída pelo tempo.

Até mesmo as placas altas de sinalização sobre as pistas, de tão enferrujadas, ameaçam desabar sobre os veículos.

Privatizar a rodovia sempre esteve na cabeça dos governantes do período. O próprio Jarbas já pensava nisso, o governador Eduardo Campos flertou com o assunto e o atual Paulo Câmara, antes de assumir, negou a intenção de privatizar mas deixou que seu secretário de transportes Sebastião Oliveira defendesse abertamente esta saída.

Mas as providências vão ficando para trás e o sofrimento é de quem precisa ir ao interior e se livrar das emendas de asfalto que, em alguns locais, são verdadeiras armadilhas.

A privatização interessa à sociedade? É possível que sim, desde que as pessoas sejam bem municiadas de informação. Se a resposta for não é necessário então que haja uma mobilização de todos – Assembléia Legislativa sobretudo – ´para garantir no orçamento de cada ano os recursos para a obra de recuperação ser iniciada.

Se continuar como está a rodovia não dura muito tempo.

Dizer o contrário é fechar os olhos para o problema à vista de todos. A privatização é polêmica? É, se não fosse certamente já teria sido tocada, mas é preciso pensar nela e, se for o caso, fazê-la antes que chegue o ano da eleição estadual.

Caberá ao governador Paulo Câmara desatar o nó e tomar as providências necessárias. Pernambuco, com certeza, vai agradecer.

*Terezinha Nunes é presidente do PSDB Mulher de Pernambuco

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