Brasília (DF) – O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), protocolou nesta sexta-feira (31) representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para que seja investigada provável improbidade administrativa pelo uso da cadeia nacional de rádio e televisão da última quarta-feira (31) para promoção pessoal.
Na representação, o líder argumenta que, dos cinco pronunciamentos feitos pelo ministro em cadeia de rádio e televisão, quatro ocorreram um dia antes do início das respectivas campanhas.
Padilha convocou a rede para anunciar a vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), que será iniciada no dia 10 de março.
Para o tucano, essa disparidade aponta, na pior das hipóteses, forte indício de que a convocação da última cadeia de rádio e de TV se deu não para que a população fosse informada a respeito de um programa que levaria mais de um mês para ser implantado, mas em atendimento a inconfessáveis interesses políticos do ministro e do PT.
O petista está deixando a Esplanada na próxima segunda-feira para se candidatar ao governo de São Paulo.
Ainda segundo o deputado, o prazo dilatado traz grande possibilidade de que as pessoas se esqueçam do anúncio e de tomar a dose para se prevenir contra o câncer do colo do útero em março.
Sampaio diz ainda que no pronunciamento de cerca de 4 minutos, pouco mais da metade do tempo foi consumida na extemporânea divulgação da campanha contra o HPV.
No período restante, o ministro fez um balanço dos atos de sua gestão. Isso, segundo o líder, configura improbidade administrativa e atenta contra os princípios da administração pública.
De acordo com levantamento da Folha de São Paulo, Padilha é o “recordista” nos pronunciamentos realizados em cadeia de rádio e de televisão por ministros do atual governo – ele fez cinco de um total de oito.
Portal do PSDB na Câmara