“Trata-se de uma bandeira histórica do PSDB, que implementou essa e outras políticas pautadas pela defesa do princípio da dignidade da pessoa”, justifica líder do partido na Câmara.
O Líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), anunciou nesta quarta-feira (27) que a bancada do partido fechou questão contra as alterações no BPC (Benefício de Prestação Continuada), contidas na PEC da Reforma da Previdência enviada pelo Governo Federal ao Congresso.
De acordo com a proposta do governo, o valor do benefício será de apenas R$400 para quem tem entre 60 e 69 anos. Só partir de 70 anos, o valor sobe para um salário mínimo.
“O PSDB tem convicção da necessidade urgente da Reforma da Previdência para o equilíbrio das contas do país, porém as modificações propostas no BPC são socialmente injustas e não contarão com o nosso apoio. Não tem sentido mexer com estas pessoas na reforma da previdência, ainda mais quando se sabe que o impacto fiscal beira a zero”, disse Sampaio.
Os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – hoje presidente de honra do PSDB – estruturaram a Rede de Proteção Social (RPS) em torno de 12 programas, dentre eles o Benefício de Prestação Continuada.
Segundo o Líder tucano, “trata-se de uma bandeira histórica do PSDB, que implementou essa e outras políticas pautadas pela defesa do princípio da dignidade da pessoa. Por isso, não abrimos mão desse benefício tal como ele existe hoje. Isso, por óbvio, sem falar de outros aprimoramentos que serão propostos na medida em que nos aprofundarmos no estudo da PEC”.
Deputados do partido já vinham se manifestando contra as alterações propostas pelo governo no BPC. Apesar de reforçaram o apoio à reforma, os tucanos entendem que devem ser combatidos os privilégios para uma pequena parcela da população que se aposenta cedo ganhando muito. Por outro lado, acreditam que os benefícios para as pessoas mais pobres são invioláveis.
Da Assessoria de Imprensa da Liderança do PSDB na Câmara, com alterações