Após reunião da Executiva Nacional do PSDB nesta terça-feira (9), o presidente nacional da legenda, Geraldo Alckmin anunciou a decisão dos tucanos de liberar os correligionários na eleição presidencial em segundo turno.
“O PSDB decidiu liberar os seus militantes e os seus líderes. Nós não apoiaremos nem o Haddad, nem o candidato Bolsonaro. O partido não apoiará nem um nem outro e libera seus filiados e líderes para que decidam de acordo com a sua consciência, convicção e realidade de seus estados. Essa foi a decisão ouvindo todo o partido.”, disse Alckmin em coletiva na sede do partido.
O presidente tucano destacou que esta posição é a coerente e já vinha sendo sinalizada ao longo de sua campanha à Presidência da República. “Nós vínhamos ao longo da campanha apontando isso, que entendíamos que não era nenhum dos extremos, que seria a solução nesse momento difícil que o Brasil atravessa e vamos manter a coerência. Não nos sentimos representados nem por um nem por outro. Nós falamos isso a campanha inteira”, pontuou.
Geraldo Alckmin adiantou que o PSDB irá em busca de um projeto, junto ao ITV (Instituto Teotonio Vilela), para se aproximar da sociedade. “Após o segundo turno, através do ITV, da nossa direção partidária, vamos procurar um trabalho maior ainda de aproximação com a sociedade civil.”, contou. “Nosso compromisso é com o Brasil. O que for de interesse do país, o PSDB coerentemente apoiará. O PSDB tem que recomeçar o seu trabalho.”, finalizou Alckmin. *Ouça aqui o áudio da coletiva.
Pernambuco
O presidente do PSDB-PE, Bruno Araújo, já tinha antecipado, logo após o primeiro turno, no domingo (7), que defenderia o apoio a um projeto que “impeça a volta do PT ao governo federal”.
“Combati o PT ao longo de 12 anos na Câmara Federal. Eu sei do mal que eles fizeram ao país. Trabalharei para Jair Bolsonaro, impedindo que o PT volte ao governo federal. Vamos continuar nas estradas da vida, conversando sobre o Brasil e sobre Pernambuco, o Estado que eu amo e ao qual dediquei tanto tempo da minha vida”.
Bruno esclareceu que já veio para a eleição com o firme propósito de “segmentar politicamente seu eleitorado com a compreensão ideológica” de que ele sempre combateu o PT. E acredita que esse sentimento tenha se fortalecido na eleição que disputou para o Senado por ter sido “o único candidato que se marcou pelo duro discurso ao PT”.
“O lulismo ainda é presente em Pernambuco. Mas agora, está carcomido por outro movimento ideológico. Hoje o lulismo não é mais suficiente. Eu sempre fiz oposição ao PT, inclusive quando o PT tinha 80% de aprovação. Participei ativamente do processo de impeachment da ex-presidente Dilma. Vou apoiar e atuar no meu partido para ter o maior número de adesões ao candidato Jair Bolsonaro. Vou trabalhar por um projeto que nos proteja do PT”.