“Estamos no século 21, precisamos da inclusão de todos no processo de decisão e isso implica em ter mais mulheres na política e em qualificá-las”, enfatiza a deputada federal e presidente do PSDB-Mulher, Yeda Crusius.
Recentemente a parlamentar se reuniu com o presidente nacional do PSDB, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, no Palácio Bandeirantes na capital paulista. Eles conversaram sobre os rumos do partido, as prioridades do segmento e as definições do ano eleitoral.
A reunião gerou em torno de temas prioridade para o segmento neste período pré-eleitoral. Foram abordados a participação do segmento no financiamento partidário, prévias, a parceria com a KAS [Fundação Konrad Adenauer] em cursos de aperfeiçoamento destinados às lideranças femininas.
Neste período de janela eleitoral, a líder do PSDB-Mulher tem buscado fortalecer e promover os quadros internos do segmento. “Em 2018 vamos apresentar candidaturas de mulheres ao senado, às câmaras legislativas federais e estaduais, assim como a governos estaduais também”, garantiu a tucana.
Para proporcionar candidaturas sólidas, a parlamentar afirmou que é preciso garantir que mulheres capacitadas ocupem seus postos de liderança. “É função do partido representar as demandas da sociedade e uma das demandas é a redução de desigualdade em todos os sentidos e na criação de oportunidades para as mulheres fazerem política”, defendeu.
Outro ponto de defesa da parlamentar é a ampliação da representatividade feminina em cargos de alto escalão. Ela cita o exemplo do Canadá, onde 50% dos Ministérios são formados por mulheres. “Os partidos têm falhado nisso”, criticou. No Congresso Nacional, por exemplo, a participação das mulheres está abaixo do esperado. No Senado, a representação feminina atualmente é de 12 senadoras entre os 81 eleitos. Já na Câmara dos Deputados, elas ocupam 50 cadeiras no universo de 512 parlamentares. A representatividade feminina é nula em 14 Estados e no Distrito Federal.
É preciso criar oportunidades entre homens e mulheres. “Nós temos a responsabilidade de buscar mulheres que possam se candidatar e se eleger. Por lei, 30 % dos candidatos dos partidos devem ser mulheres”, frisou.
Financiamento de campanha
Um dos principais temas da conversa com Alckmin foi como será o financiamento de campanha. Segundo a presidente, em março o segmento definirá suas lideranças femininas, mas é preciso que isso ocorra com o compromisso de financiamento e igualdade. “O tribunal [STF] não decidiu ainda se vai poder ter o fundo partidário financiando a eleição além do fundo eleitoral. Queremos condições de igualdade da utilização deste recurso”, afirmou Yeda.
No dia 28 de fevereiro a comissão executiva do secretariado nacional do PSDB-Mulher se reunirá para discutir a atuação e programação do segmento no semestre que vai anteceder as eleições.
*Do PSDB Mulher