O desaparecimento da faixa presidencial será investigado pela Secretaria de Administração da Presidência da República. Um processo de sindicância foi aberto para identificar e punir os responsáveis pelo sumiço do item e dos presentes recebidos, entre 2003 e 2010, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente afastada Dilma Rousseff, que deveriam ser incorporados, por lei, ao acervo do Palácio do Planalto. O fato se tornou público após a revista Veja divulgar uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o tema.
Segundo o coordenador jurídico do PSDB, deputado federal Carlos Sampaio (SP), o partido vai cobrar o completo esclarecimento do caso e a punição de todos os responsáveis pelo desaparecimento dos objetos. “O governo tem o dever de apurar o sumiço não só da faixa presidencial, mas de todos os quase 5 mil objetos de propriedade da Presidência da República que simplesmente desapareceram. Lembrando que já há uma investigação da Polícia Federal sobre presentes que Lula ganhou como presidente e que foram encontrados num cofre do Banco do Brasil e até no sítio dele em Atibaia”, criticou o tucano.
O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), também criticou, em sua página no Facebook, o descaso de Lula e Dilma com o dinheiro público. “É triste, mas não surpreendente para um partido que arquitetou o Mensalão e o Petrolão. Tudo indica que Dilma será apeada definitivamente do governo pelo Senado no final do mês e terá de passar a faixa presidencial para Michel Temer. Só um problema: a faixa sumiu. Ela e mais 4.500 itens do patrimônio da Presidência da República. O Tribunal de Contas da União está em cima”, postou o parlamentar.
De acordo com matéria do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (16), a nova faixa, comprada em 2007 por R$ 55 mil, foi usada por Lula pela primeira vez nas comemorações do Dia da Independência, em 2008. A auditoria do TCU que identificou o sumiço do item foi determinada após a operação Lava Jato localizar, em março, um cofre em uma agência bancária em São Paulo no qual Lula guardava presentes recebidos durante os oito anos de Presidência.
Apesar de a lei determinar que os presentes trocados entre chefes de Estado sejam incorporados ao patrimônio da União, tanto o ex-presidente quanto Dilma desrespeitaram a regra, conforme a Veja. Segundo os técnicos do TCU, Lula recebeu 568 presentes, mas apenas nove deles foram deixados no Planalto. Já a presidente afastada recebeu 163 presentes e somente seis foram incorporados ao patrimônio público. O prejuízo estimado é de R$ 5,8 milhões e na lista de objetos desaparecidos estão, além da faixa presidencial, obras de arte, utensílios domésticos, peças de decoração, material de escritório e computadores.
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