PSDB – PE

PT fala de novas eleições por puro oportunismo, ressalta Daniel Coelho

26420765736_a0ece4e313_zRecife (PE) – Setores do PT vêm defendendo novas eleições como proposta de saída para crise política. Movimento no Senado Federal – onde transcorrerá, a partir de agora, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff – tem ganhado adeptos no sentido de encampar a aprovação de uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) propondo essa antecipação.

Para o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE), tal iniciativa não passa de puro “oportunismo” dos petistas. O tucano deixa claro que não se opõe a novas eleições, mas ressalta que o PSDB se comportará da mesma forma como vem se comportando: dentro dos preceitos constitucionais.

“Não me oponho a discutir esse tema. Mas, da mesma forma como colocamos para Dilma, temos de colocar para Temer. Ele não é obrigado a renunciar o mandato. Ele foi eleito vice-presidente pelos eleitores do PT, o mesmo PT que, por anos, consideraram esse PMDB maravilhoso, tanto que governaram juntos. Agora o PT muda de opinião e quer tirá-lo. Eu não me oponho a novas eleições, agora temos de respeitar as regras constitucionais”, frisou.

Lembrou Daniel Coelho, que em 2015 o PSDB defendeu a renúncia da presidente Dilma como alternativa menos traumática para o país. Na ocasião, o PT carimbou nos defensores da tese a balda de “golpistas”, assim como fizeram nos que embalaram a alternativa do processo de impeachment, legalmente reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Quando não houve entendimento em torno da renúncia, o PSDB passou a se engajar de forma mais direta no processo de impeachment porque, naquele momento, já havia elementos dos crimes de responsabilidade cometidos pela presidente Dilma que, em cinco anos consecutivos, somaram 70 bilhões de reais utilizados em previsão orçamentária. Mas o PT não queria falar de renúncia nem em novas eleições. Agora, numa tentativa oportunista, porque perderam a votação, começam a falar em novas eleições”.

O parlamentar lembrou, ainda, que além do processo de impeachment em curso, há uma ação de cassação da chapa Dilma/Temer correndo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo ele, com muita robustez de fundamentação por tratar do uso de recursos da Petrobras na campanha da chapa.

“Essa é uma ação (do TSE) que vai continuar correndo. Além das ações da Lava Jato, que para mim é muito importante que continue atuando com independência e, no caso da Câmara, é indispensável a continuidade do processo de cassação de Eduardo Cunha. Acredito que há uma maioria para afastá-lo”.

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