Ao contrário do que afirma o PT, a redução da pobreza não foi uma realidade no Brasil ao longo da gestão de Dilma Rousseff. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em conjunto com Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com a Fundação João Pinheiro, revelou que, em 2015, no segundo mandato de Dilma, o percentual de pobres cresceu 22% no Brasil.
Os dados divulgados na segunda-feira (14) mostram que, em 2014, o percentual de pobres era de 8,1% (menor percentual histórico), saltando para 9,96% no ano seguinte – o que comprova a má gestão da petista na redução da pobreza.
Números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) reforçam a pesquisa, revelando uma redução na renda per capita da população brasileira e o ingresso de 4,1 milhões de pessoas na pobreza – deste total, 1,4 milhão de pessoas ingressaram na extrema pobreza.
Para o deputado federal Elizeu Dionísio (PSDB-MS), o PT em nenhum momento reduziu de fato a pobreza. “Na minha avaliação, o PT não tirou o povo da pobreza, ele deu bem-estar aos pobres, o que é diferente. Não houve nem aumento e nem diminuição do índice, houve uma pobreza mascada”, disse.
O tucano acredita que a verdade sobre os dados referentes à miséria no país foi disfarçada por ações paliativas e que não foram capazes de solucionar o problema no Brasil. “Quando você coloca uma pobreza, uma miséria maquiada, onde tem um assistencialismo mascarando e dando aos pobres um ‘pseudo-conforto’, não é possível ter noção da realidade. Quando essa máscara cai, voltam os números reais”, afirmou.
Para solucionar o problema, segundo Elizeu Dionísio, o Brasil precisa de um plano de Estado e não de governo.
Números
Ainda de acordo com a pesquisa, a renda per capita caiu entre 2014 e 2015, de R$ 803,36 para R$ 746,84, respectivamente. Já a taxa de extremamente pobres (com renda per capita domiciliar de até 70 reais) subiu de 3,01% para 3,63%. A renda média de quem é pobre no país caiu, entre 2014 e o ano seguinte, de R$ 154 para R$ 150.