Em reforço à tase do “golpe”, líderes do PT se valem, agora, da exoneração do senador Romero Jucá (PMDB-RR) do Ministério do Planejamento para contestar, mais uma vez, o avanço do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
O artifício é contestado pela oposição ao PT, que enxerga na desculpa uma investida dos petistas que não admitem deixar o poder. O senador Dalírio Beber (PSDB-SC) reforça que o impeachment transcorre dentro do rito determinado pela Justiça.
“O PT não admite que o processo de impeachment tenha transcorrido dentro da normalidade, ou seja, seguindo o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal, e que tenha cumprido até agora exatamente o que determina a legislação. Lamentavelmente, eles não têm nenhuma prática de democracia. Não sabem perder” , disse o tucano.
Petistas apostam ainda que a saída de Jucá poderia modificar a opinião pública, na esperança de que a população se vire contra o impeachment e o governo do presidente em exercício, Michel Temer. A ideia é contestada pelo senador do PSDB.
“O discurso, as bravatas tentando fazer com que a população imagine que a presidente Dilma tenha sido destituída do mandato temporariamente em função de um golpe aplicado pelas elites brasileiras, que é o discurso rasteiro do próprio PT… Eles tentam se apegar a qualquer gancho para tentar confundir a opinião pública e tumultuar todo o processo”, declarou Beber.
Apesar da tentativa, os próprios petistas admitem que Romero Jucá dificilmente mudará a situação de Dilma. Na Comissão, a petista foi afastada do cargo por 15 votos a 5.