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Quase metade dos presos de SP trabalham

Dos 67.541 presos do Sistema Penitenciário de São Paulo, 32.324 trabalham. O número representa 47,86% de todo o sistema. Além daqueles que desenvolvem atividades de apoio nos presídios, como manutenção, limpeza e portaria, presos beneficiados pelo regime semi-aberto trabalham em empresas privadas. Educação e Cultura também contam com mão-de-obra carcerária. Dentro dos presídios presos lecionam e ensinam trabalhos artísticos. Um percentual desses presidiários está na produção industrial que é coordenada pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (FUNAP), órgão vinculado à Secretaria da Administração Penitenciária. A Fundação está empenhada em ampliar o trabalho no interior dos presídios em todo o Estado de São Paulo. De acordo com a lei, cada presidiário recebe ¾ do salário mínimo. A ordem é fazer com que o preso trabalhe e pague pela sua manutenção enquanto cumpre a pena. O trabalho proporciona diminuição no tempo do cumprimento da pena. A cada três dias trabalhados o preso ganha um, de acordo com o Instituto de Remição da Pena. Essa remição de pena resulta em economia de custos para o Estado.

A produção industrial da Funap pode ser dividida em seis grandes ramos: material esportivo, calçados, mobiliário, confecções, cartonagem e artesanato. Além de uma fábrica de móveis novos instalada dentro do presídio de Pirajuí, mais dez oficinas reformam mobiliário para a rede estadual de ensino, com evidente economia para o Estado. As oficinas estão instaladas em Araraquara, Presidente Venceslau, Marília, Casa Branca, Hortolândia, Mongaguá, Itaí e Tremembé, além de duas na Capital. A produção é de 11 mil conjuntos de carteiras e cadeiras novas por mês e outros 17 mil conjuntos reformados no mesmo período. Na confecção e corte são produzidos mensalmente 25 mil unidades entre calças, camisas, e uniformes profissionais. Todos os macacões e uniformes utilizados no Sistema Penitenciário do Estado e no Hospital do Mandaqui, na Capital, são fabricados pelos presos. Mais de 1.500 pares de calçados saem das oficinas mensalmente. Outro produto procurado por empresas são os móveis para escritórios, com produção mensal de 900 unidades. Os detentos de Sorocaba inovaram. Estão fabricando cadeiras de rodas, num total de 150 unidades / mês.

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