
Pernambuco – O presidente do PSDB de Pernambuco, deputado federal Sérgio Guerra, fez questão de pedir publicamente desculpas aos pernambucanos pelo engano cometido na votação da PEC 37. “Eu deveria votar não. Apertei o sim equivocadamente, mas na mesma hora pedi a palavra e corrigi meu voto. Como pernambucano, quero me desculpar pelo erro cometido. Não poderia representar o povo do meu Estado votando a favor de uma PEC que a sociedade reprova, assim como eu”, declarou em entrevista à Rádio Folha de Pernambuco.
O parlamentar, inclusive, já havia se manifestado contrário à PEC que limita o poder de investigação do Ministério Público uma semana antes de sua votação na Câmara dos Deputados. Deixou claro nas redes sociais (www.twitter.com/Sergio_Guerra) e nos espaços do PSDB na Internet (www.facebook.com/PSDBPE e www.twitter.com/PSDB45PE) que era “veemente contra” a medida provisória arquivada pela Câmara por 430 votos a favor e 9 contra. Sérgio Guerra também participou da reunião de bancada do PSDB, na terça-feira (25), na qual o partido orientou o voto de todo o grupo contra a PEC 37.
Sobre as demais medidas aprovadas pelo Congresso Nacional, como o destino obrigatório dos royalties do petróleo para investimentos em saúde e educação, o presidente do PSDB concorda com o projeto, mas acredita que ele só trará benefícios à sociedade a médio e longo prazos.
“Por natureza, gosto de providências que produzam resultados logo. Que sejam percebidos pela sociedade. A presidente Dilma incluiu a reforma política na pauta, o que é algo necessário, mas sua intenção foi a de tirar o foco da insatisfação das ruas com seu governo. O que ela precisa é apresentar soluções rápidas. Uma primeira seria a redução do número de ministérios. 39 ministérios é um absurdo! Aí sim, o povo viria algo concreto que seria a redução dos gastos públicos. Mas não há iniciativa desse governo de cortar na própria carne. Conversas não servem mais. Providências é o que precisamos”.
O presidente do PSDB-PE também cobrou responsabilidade do Parlamento. Para ele, os principais partidos com representação no Legislativo precisam estabelecer um consenso em torno de uma reforma política urgente. “A origem dos problemas do país está no fato de as eleições não funcionarem como deveriam. Eu defendo, por exemplo, o voto distrital. Considero que é a melhor forma do eleitor interferir no mandato do eleito e o eleito ter condições reais de reivindicar o que a população precisa”, avalia Guerra.