Finalmente o País pode considerar encerrado um período demasiado longo de apaixonada discussão sobre o novo salário mínimo. Apesar dos percalços e até da distância da renda mínima ideal, venceram o bom senso e a responsabilidade, contra a demagogia e a enganação que foram apanágio das alternativas.
O rumo da discussão foi prejudicial ao País, muito mais que a impossibilidade do momento para crescer os valores do mínimo, pois essa era inevitável e intransponível, enquanto aquela foi manobra politiqueira. Se algum juízo se pode fazer honestamente quanto a posição de cada deputado ou senador, não será se a favor ou contra o mínimo de R$ 151,00, mas se honesto nos propósitos ou demagogo por oportunismo.
As conquistas do controle da inflação e da seqüência do curso econômico que os fatos estão aí atestando como acertado, com repetidos sinais de recuperação econômica, foram preservadas e mantidas longe das ameaças da demagogia, que oferece aos trabalhadores uma pequena vantagem imediata como quem paga uma conta com um cheque sem fundos, contabilizando conscientemente um prejuízo certo a quem recebe.
A infidelidade registrada na base governista, aliás, em alguns setores tão alta quanto vergonhosa, abre uma nova discussão, se deve ou não o Governo demitir de cargos federais eventuais indicados de parlamentares infiéis. Essa é outra discussão sem mérito. Mérito se tem na coerência, e coerência terá quem renunciar qualquer regalia em nome das suas convicções, a essa altura, no mínimo suspeitas.
O PSDB dirige-se ao trabalhadores brasileiros e a toda a sociedade, pedindo atenção para a análise do comportamento dos seus representantes no Congresso Nacional. Se as aparências costumam enganar, no caso não há dúvidas que muitos votos contra o valor possível do mínimo, não passam mesmo de posição para aparência.
Patriota e aliado de quem trabalha é quem tem coragem de votar com a realidade econômica e política do País, pensando em ganhos reais, consistentes e duradouros para todos os brasileiros. Assim agiram os deputados e senadores de todos os partidos que tiveram a coragem cívica, a coerência política e a honestidade de propósitos de votar com o mínimo possível de R$ 151,00, mesmo se expondo à demagogia.
Quanto ao PSDB, por essas mesmas razões, honestidade, coerência e coragem, sua Comissão Executiva Nacional fechou questão pelo mínimo defendido pelo Governo, afinal, nosso compromisso é de permanente questão fechada com o Brasil.