
Deputado do PSDB de Pernambuco e primeiro vice-líder do partido na Câmara, Betinho Gomes considerou inoportuna – diante do momento de crise pelo qual passa o Brasil – a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de enviar ao Congresso Nacional proposta de aumento de 16,3% dos seus salários para 2019.
Se aprovado, o valor passará dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil com efeito cascata nos salários do funcionalismo caso seja aprovado pelo Legislativo e sancionado pelo presidente da República.
Betinho Gomes antecipou que votará contra e alertou para o efeito cascata da medida. O tucano apelou ao Supremo que reveja a decisão, considerada por ele “absolutamente extemporânea” e “pouco patriótica”.
“Se o STF mantiver a posição, que pelo menos haja um movimento interno na Câmara para que não aprove esse reajuste equivocado, sobretudo no momento que o Brasil tá vivendo, de tanta dificuldades”.
Reajuste gera mais imposto

Candidata a vice-presidente de Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições deste ano, a senadora Ana Amélia também considerou a proposta de reajuste salarial dos ministros do Supremo “inoportuna”, e o mais grave, ressaltou que a medida “provocará um preocupante efeito cascata nas despesas públicas, que para ser coberto gerará um aumento da carga tributária”.
“É absolutamente inadequado este aumento. Trata-se de uma bola de neve que reajusta conjuntamente os salários de parlamentares, assim como de ministros de Estado, governadores e prefeitos. São centenas de milhões de reais a mais, anualmente, num quadro de desajuste fiscal como o que o país já vive com mais de 13 milhões de desempregados”, alertou a vice de Alckmin.
Para Ana Amélia, se o Congresso analisar com cuidado a proposta de reajuste do STF, verá que “a conta vai ser paga pelo povo por meio do aumento de impostos”.