PSDB – PE

Recessão econômica faz com que quase 4 milhões de brasileiros retornem às classes D e E

crescimentoeconomia

Brasília (DF) – O vertiginoso aumento dos índices de desemprego e a queda nos rendimentos dos brasileiros mostram que o projeto petista de inclusão social e desenvolvimento econômico fracassou a longo prazo. Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), a economista do Bradesco Ana Maria Barufi calcula que, de janeiro a dezembro do ano passado, quase 4 milhões de brasileiros que tinham subido na pirâmide social retornaram para as classes D e E.

As informações são de reportagem desta segunda-feira (11) do jornal Valor Econômico. De acordo com a publicação, a participação da classe C no processo de mobilidade social brasileiro caiu de 56,6% para 54,6%. São 3,7 milhões de brasileiros a menos no grupo, que agora soma 103,6 milhões de pessoas. Já as participações na classe D avançaram de 16,1% para 18,9%, e na classe E de 15,5% para 16,1%, no mesmo período.

Para o deputado federal Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS), o PT construiu, em quatro mandatos à frente da Presidência da República, uma imagem de defensor das transformações sociais que não condiz com a realidade.

“Na verdade, o legado do PT nesses quatro mandatos de governo federal são uma dívida gigantesca: uma dívida social, uma dívida nas contas públicas, uma dívida interna. Essa conta gigantesca e ainda incalculável – porque a essa conta da incompetência, a essa conta de atos marqueteiros, ilegais do ponto de vista da Lei de Responsabilidade Fiscal, se agrega a conta da corrupção –, quem vai pagar no Brasil é quem mais precisaria de uma atuação forte e competente do Estado, que são os mais pobres”, afirmou.

O parlamentar destacou que “a conta da inflação, dos juros altos, da contenção de crédito, da alta do dólar, do desemprego, da ineficiência da máquina pública, da gastança de dinheiro público, do aumento de privilégios e despesas com pessoal, da corrupção, dos desvios de recursos, do enriquecimento do Partido dos Trabalhadores e de todos os partidos que o apoiam”, com desvios em estatais, fundos de pensão e recursos do Tesouro, terão um enorme e negativo impacto na população brasileira.

“Essa conta será paga pelos brasileiros mais pobres e mais humildes, que vão perder poder de compra, que vão perder patrimônio, que vão perder seu emprego, que vão perder o acesso a determinados serviços – não só os públicos, mas também aqueles privados e que alguma possibilidade de melhora da sua qualidade de vida poderiam agregar”, avaliou.

Inflação é agravante

Segundo a reportagem do Valor Econômico, a inflação superior a 10% no Brasil é um fator agravante que penaliza ainda mais a fatia da população pertencente às classes C, D e E. Isso porque grande parte dos gastos do orçamento doméstico são comprometidos com alimentação, energia e transporte, que sofreram as maiores altas. Por conta disso, a economista Ana Maria Barufi considera que a desigualdade de renda no país pode aumentar nos próximos anos.

“Essa desconstrução do Brasil feita pelo PT, pelos seus aliados e apoiadores, é uma desconstrução que traz reflexos gigantescos”, acrescentou o deputado Nelson Marchezan Jr.

“Não é apenas a diminuição do potencial econômico de classes brasileiras, de muitos brasileiros, mas as perspectivas gigantescas de aumento de desemprego, de falta de geração de novos empregos pela indústria, que está demitindo. As empresas, as indústrias, o comércio, os serviços, estão fechando, quebrando. Fecham-se postos de trabalho, mas fecham-se também empreendimentos. Empreendedores quebram e investimentos deixam de ser feitos por pessoas que teriam condições de fazê-los, sendo essas pessoas brasileiras ou estrangeiras. O Brasil empobrece de todas as formas”, disse o tucano.

“O reflexo da gestão do PT não é negativo em uma área, para um setor, para uma região, para um grupo, para determinados brasileiros. O PT foi nefasto para todo o Brasil, em todos os setores, durante todo o seu período, e deixará consequências que nós ainda devemos demorar muito para superar”, completou o parlamentar.

Ver mais