Réu em cinco ações da Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua sendo o centro das atenções dos noticiários de política. Dessa vez, um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas apontou que a rejeição ao nome do petista para as próximas eleições presidenciais chegou a 58,8% no Paraná, estado que concentra as principais ações da Lava Jato. Se as eleições fossem hoje, esses eleitores afirmaram que “não votariam de jeito nenhum” em Lula.
De acordo com o blog Radar On-line, da revista Veja, em segundo lugar vem a ex-senadora Marina Silva (Rede), com 19,9%, seguida pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), com 17,9%.
Para o deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), a alta rejeição ao nome do ex-presidente é um “processo natural” e demonstra a ojeriza e repulsa dos eleitores em relação ao PT e seu comandante maior.
“Isso mostra de fato um descontentamento em relação ao PT e ao governo do PT, em especial ao ex-presidente Lula. É natural, é um processo de conscientização que vai tomando conta do Brasil e demonstrando que o ex-presidente não reúne as condições necessárias para assumir novamente o comando do país”, afirmou.
Em dezembro do ano passado, o juiz federal Sério Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, aceitou uma nova denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente, acusado de corrupção passiva em ação que investiga a compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula e de um imóvel vizinho ao seu apartamento, em São Bernardo do Campo (SP).
Lula é réu em cinco ações penais em três diferentes operações da Polícia Federal, que relatam obstrução da Justiça, corrupção e lavagem de dinheiro, tráfico de influência internacional e formação de quadrilha.
Segundo Haddad, os desdobramentos da Lava Jato foram fator determinante para o aumento da insatisfação da população em relação a Lula.
“A verdade é que o decorrer da Operação Lava Jato foi descortinando o mar de corrupção em que estava envolvido o PT e, naturalmente, o chefe do PT, o ex-presidente Lula, que era o comandante de todo esse processo de corrupção. É natural que o descontentamento aumente, já que a população foi acompanhando as investigações da Lava Jato, essas apurações”, completou.