Artigo do presidente em exercício do PSDB, Alberto Goldman
Saudamos a realização das eleições municipais de 2012 como mais um passo para a consolidação das instituições democráticas. Por meio da resposta dos cidadãos ocupamos a segunda posição entre os partidos que mais fizeram prefeituras. Fomos a sigla que mais elegeu prefeitos em seis estados. A partir de janeiro do ano que vem estaremos à frente do executivo em 701 cidades e recebemos essa tarefa com muita honra e consciência de nossa responsabilidade. Afinal, os prefeitos são os administradores mais próximos do dia-a-dia da população.
Chegamos a este patamar apoiados única e exclusivamente por aqueles que apostaram nos nossos projetos, por aqueles que conhecem e aprovam o modo PSDB de administrar. O povo entendeu que, para a nossa legenda, cuidar dos municípios é uma prioridade.
Mostramos resistência, uma oposição firme e atuante. A vitória de Arthur Virgílio, em Manaus (AM) é símbolo maior da força tucana. É prova de que nem sempre o abuso da máquina pública traz vitórias. Nessa capital e em tantos outros municípios, a população foi soberana e fez o PSDB lograr êxito, juntamente com quase seis mil representantes da legenda em todo o país, entre prefeitos e vereadores que agora terão a grande responsabilidade de honrar as diretrizes do partido e servir a quem os escolheu.
Em relação às perdas, há duas considerações. A primeira é que elas não tiram, em absoluto, nossa vontade de fazer política e trabalhar pelo Brasil. Nós, tucanos, entendemos que se pode lutar pela melhoria da qualidade de vida das pessoas mesmo sem comandar o município. O cidadão que votou no partido – e mesmo aquele que não votou – pode ter a certeza que encontrará nossos representantes sempre dispostos a zelarem pela democracia e pela administração pública de qualidade.
Além disso, respeitamos a democracia e a decisão tomada por meio do voto. Diferentemente do que faz o PT quando é contrariado, não tratamos escolhas populares referendadas pela Justiça como um “golpe” – e nem culpamos inimigos abstratos como a “imprensa” e as “elites”. Para o PSDB, o que importa é a soberania popular.
No entanto, precisamos registrar que a seriedade do processo eleitoral foi atacada em muitas oportunidades ao longo dos últimos meses. À frente do governo federal, o PT não se furtou a fazer o possível – ainda que ilegal ou imoral – para dar a vitória aos seus aliados. Os exemplos são vários. A começar pelas viagens da presidente Dilma Rousseff para tratar de assuntos eleitorais. Embora, como cidadã, ela seja livre para expressar suas opiniões, não podemos concordar com o fato de receber aliados e de participar de comícios e reuniões partidárias em horário de expediente, transmitindo aos eleitores que poderiam ter mais recursos para enfrentar suas dificuldades se apoiassem os seus candidatos preferidos.
Lembramos também que a presidente antecipou a reforma ministerial com vistas a reforçar a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, nomeando a senadora Marta Suplicy para a pasta da Cultura. Com isso, um ministério importante foi tratado como uma simples moeda de troca eleitoral.
É diante deste cenário que o PSDB se insere, sentindo-se ainda mais motivado a permanecer na disputa política, com sua excelência em gestão e com um legado de conquistas, sempre a favor do Brasil. Queremos honrar os mandatos que recebemos, discutir o modelo de país do futuro e reafirmamos, mais uma vez, nossa posição como a principal alternativa ao modelo autoritário que ainda insiste em se manter no plano federal.