O advogado da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment, José Eduardo Cardozo, entrega nesta quarta-feira (27) a argumentação e alegações finais em defesa da petista. Com isso, fica mantida para o próximo dia 4 a votação sobre a pronúncia na comissão especial do impeachment, e para 9 de agosto a votação em plenário.
Dilma responde a cinco tipos de acusações, sendo quatro delas referentes a assinatura de decretos orçamentários em desacordo com a meta fiscal da época, e o atraso no repasse para banco públicos, as chamadas ‘pedaladas fiscais’. Perícia realizada por técnicos do Senado concluiu que houve irregularidades nos decretos.
Os senadores ainda avaliam se cada acusação será votada separadamente. Essa negociação tem de ser feita com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Levwandowski, que comandará a sessão de votação no plenário.
O relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), deve finalizar seu parecer até 1º de agosto para ser lido no dia seguinte na comissão do impeachment, onde há forte tendência de ser aprovado pela maioria do colegiado. Na votação da abertura do processo na comissão, Dilma sofreu uma derrota por 55 a 22.
O afastamento definitivo da presidente afastada precisa de dois terços dos senadores (54 dos 81) para ser aprovado. O julgamento está previsto para 25 de agosto.