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Saúde é a principal preocupação dos brasileiros, mostra pesquisa

duarteBrasília (DF) – A percepção dos brasileiros do caos da saúde pública se deve à falta de investimentos e de políticas públicas sérias, segundo o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP).

Pesquisa Datafolha ,contratada pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). revela que 45% das pessoas identificam a saúde como principal problema do país. Desde 2008, a área é vista como a mais deficiente.

“O que há é falta de planejamento e de uma política pública eficiente para a saúde, o que realmente gera todo esse caos e a preocupação da sociedade, que não enxerga os avanços porque eles não chegam”, alerta o tucano.

Nem a soma das cinco outras áreas lembradas como problemáticas pelos entrevistados consegue superar os 45% da saúde: segurança (18%), corrupção (10%), educação (9%), desemprego (4%) e miséria (2%). Há 11 anos, a saúde era a maior preocupação apenas para 6% dos entrevistados. Nogueira acredita que a percepção da sociedade mudou porque a qualidade dos serviços caiu. Nos três governos do PT, as melhorias e investimentos na saúde foram deixados de lado.

Péssima ou ruim – A pesquisa mostra ainda que 62% das pessoas consideram a saúde no Brasil ruim ou péssima. A insatisfação é ainda mais acentuada nas cidades com mais de 500 mil habitantes (70%) e regiões metropolitanas (68%). Na semana passada, levantamento da CNI/Ibope mostrou que 77% das pessoas estão insatisfeitas com as ações do governo na área.

“O governo federal, apesar da propaganda, investe cada vez menos na saúde. No ano passado chegou a fazer a famosa contabilidade criativa, reteve recursos da área e não investiu para fazer superávit primário”, lembra Nogueira.

O tucano ressalta ainda que nos últimos dez anos a gestão do PT não reajustou a tabela do SUS. Assim, ele não remunera adequadamente os hospitais filantrópicos e as santas casas, e gera um desequilibro nessas instituições parceiras.

Paralelamente, o governo lança ações paliativas, como o Programa Mais Médicos. O programa é muito mais uma peça de marketing do que um caminho para sanar os gargalos. “É bom que haja mais médicos, mas que sejam qualificados e preparados. E não como estão tratando os cubanos, que estão sendo subempregados, numa situação de patrulhamento ideológico, cerceando sua liberdade num regime de semiescravidão”, criticou Nogueira.

A Presidência da República deixa de lado ações estruturantes para mudar a realidade dos moradores de regiões distantes e das periferias dos grandes centros. As instalações continuam precárias, os novos equipamentos não chegam e o acesso a leitos e procedimentos de maior complexidade ainda é demorado.

Inconclusivas – O tratamento da saúde pública pela gestão Dilma fica claro com os números: apenas 10,6% das obras anunciadas no PAC da Saúde foram concluídas. Das 24.066 ações previstas no programa, metade ainda está no papel, como aponta levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina. Apenas 3% das UPAS – Unidades de Pronto Atendimento – foram entregues. E das 15.638 Unidades Básicas de Saúde(UBS), só 9% foram concluídas.

Nogueira afirma que a cada ano o Planalto tem menos participação nas demandas da saúde e delega a estados e municípios suas obrigações. “O SUS tem que ter a participação da União, dos estados e municípios. Se ele é integral, cada um tem que fazer a sua parte, e o governo federal não faz a dele. Nos últimos dez anos, diminuiu em 11% a sua participação no financiamento do setor”, lamentou.

*Portal do PSDB na Câmara

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