O Brasil respira mudança.
Todos os elementos, desde as pesquisas até os resultados da economia ou a prestação serviços de péssima qualidade mostram um esgotamento do ciclo petista no governo federal.
Uma presidenta que tem mais de 40% de rejeição dificilmente se reelege.
Os formadores de opinião que outra hora viram no PT uma esperança de algo novo, a muito abandonaram esse barco.
É difícil encontrar defensores desse projeto.
Aqueles que ainda declaram voto ao PT estão tímidos ou até envergonhados com o desastre que é esse terceiro mandato do partido.
Nesse cenário, Aécio Neves, candidato do PSDB desponta como grande favorito para ir ao segundo turno e fazer o embate direto com Dilma.
Cresce nas pesquisas até mais rápido do que muitos imaginavam e se consolida como uma opção sólida de mudança para o país.
Com um discurso reto, que está construindo em cima de fatos e conquistas obtidos no seu governo em Minas Gerais, e por posições políticas claras que são as mesmas há muitos anos.
Aécio não mudou de opinião sobre o governo federal porque as eleições se aproximam, ele sempre teve opiniões atitudes que vão de encontro ao aparelhamento da máquina pública e da incompetência gerada pela politização das decisões tomadas por Dilma.
Quando Aécio critica o numero excessivo de ministérios, não o faz para desgastar seus adversários.
Faz porque quando governou, enxugou o número de secretarias e comissionados em seu estado para investir no que é prioridade, a educação.
Minas Gerais pode não ser o estado mais rico do país, mas sem dúvida é o estado que apresenta os melhores resultados na educação pública.
Avançando na avaliação do MEC como nenhum outro ente federativo e hoje tendo resultados surpreendentes.
Por essa solidez, pela clareza de suas idéias e pelo exemplo como governador, presidente da Câmara e senador, Aécio deve continuar crescendo.
Outro elemento importante nessa eleição foi o deslocamento do PSB para a oposição.
Uma costela do governo que criou vida própria e hoje questiona o fracasso do governo Dilma.
Com um alinhamento ao projeto de Aécio na maioria dos estados do país, a postulação do PSB é essencial para tirar votos tradicionalmente petistas em Pernambuco e em alguns segmentos da sociedade.
Marina, minha candidata nas ultimas eleições, também tem papel importante nesse processo.
Mesmo sem partido, não saiu do jogo e juntou-se à oposição na condição de candidata a vice do PSB.
Contudo, seus recentes ataques a Aécio, dizendo que o PSB não deveria apoiar o PSDB no segundo, são inoportunos. Inoportunos para o próprio PSB, que mesmo eu achando que eles não devem chegar muito longe, se eles estiverem no segundo turno vão querer receber o apoio dos que lá não estiverem.
Então, que mensagem ela quer passar?
Nós queremos o apoio, mas não apoiamos?
Não pegou bem, pois um apoio do PSB ao PT no segundo turno seria uma completa desmoralização para o partido.
Seria uma chancela do puro oportunismo.
E sinceramente, não é isso que vejo naqueles que hoje tentam se apresentar como mais uma alternativa ao desastre petista.
A não ser que o PSB queira se tornar um plano B do petismo, o que eu não acredito.
Como a própria Marina costumava dizer, ninguém é dono do voto de ninguém.
O voto é do povo.
Por isso, os eleitores que no primeiro turno votarem no PSB, vão cobrar no segundo um alinhamento com Aécio.
E se ele não vier pela via política, virá pela vontade do eleitor.
* O deputado estadual Daniel Coelho (PSDB-PE) é primeiro vice-presidente do partido em Pernambuco