Brasília (DF) – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (23) uma nova fase da Operação Acrônimo. Entre os alvos de busca, apreensão e condução coercitiva estão o secretário-chefe da Casa Civil do governo de Minas Gerais e braço direito do governador Fernando Pimentel (PT), Marco Antônio Rezende Teixeira, e o presidente da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge), Paulo de Moura Ramos. A operação investiga contratos simulados envolvendo empresas de consultoria e a empreiteira OAS por suspeita de pagamento de propina.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Ramos foi sócio de Teixeira na MOP Consultoria. Os investigadores suspeitam que a empresa tenha Pimentel como verdadeiro dono. Além da MOP, há mandado contra pessoas ligadas à consultoria OPR, em Minas.
A PF cumpre, além das conduções coercitivas, seis mandados de busca e apreensão no escritório da OAS, em Brasília, e nas casas de Teixeira e Ramos, em Belo Horizonte. O secretário não estava no local. Segundo assessores, está de férias no exterior com os filhos.
Representando o secretário da Casa Civil e o presidente da Prodemge, o advogado José Sad Júnior afirmou que não teve acesso aos motivos que baseiam os pedidos de condução coercitiva e que o processo corre em segredo de Justiça. Ele confirmou, no entanto, o mandado de busca e apreensão na casa dos dois.
Segundo a reportagem, outro alvo da operação é Ramilton Machado, diretor da empresa OAS, cujo sócio e ex-presidente, Léo Pinheiro, está preso em Curitiba (PR), no âmbito da Lava Jato.
Operação Acrônimo
A Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação da campanha do governador Pimentel e também pagamento de propinas para conseguir financiamento público de projetos na época em que o petista ainda comandava o Ministério do Desenvolvimento. Pimentel foi denunciado há cerca de quatro meses pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção e lavagem de dinheiro.
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