Sudam e Sudene não funcionam por culpa de Lula, avaliam tucanos
Tasso e Virgílio: órgãos são essenciais para combater desigualdade regional
Brasília (22 de outubro) – O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e o líder da legenda no Senado, Arthur Virgílio (AM), criticaram nesta segunda-feira o presidente Lula por ter vetado pontos cruciais dos projetos que recriaram a Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e a Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). Para os tucanos, os dois órgãos são instrumentos fundamentais no combate à desigualdade regional. “Na prática, Sudam e a Sudene foram vetadas e até agora não estão funcionando”, criticou Tasso.
ABSURDOS
Essas avaliações foram feitas nesta segunda-feira em Belém (PA) durante o 9º seminário preparatório para o III Congresso do partido, que ocorrerá em novembro. “Desafios e potencialidades das regiões brasileiras” foi o tema do encontro, no qual especialistas e políticos apontaram a ineficiência da gestão petista para diminuir a desigualdade no país e sugeriram medidas para reduzir as distorções sociais e regionais.
Virgílio condenou, especificamente, o veto do presidente da República ao dispositivo contido nas duas leis que estendiam benefícios fiscais para fomento de investimentos nas regiões Norte e Nordeste. “Em vez de prorrogar benefícios fiscais para 2023, ele os manteve até 2013. Dessa forma, inviabilizou investimentos nessas regiões e cortou o que era mais essencial, desqualificando negociação costurada no Congresso”, explicou o tucano. “Essa é mais uma prova da inércia da gestão petista e da falta de prioridade para a região”, completou o líder da Minoria da Câmara, deputado Zenaldo Coutinho (PA).
Assim como o líder no Senado, Tasso também cobrou a redução da carga tributária e a diminuição da alíquota da CPMF. “Se conseguirmos isso, será uma vitória da oposição. Precisamos instituir uma política de impostos mais justa”, assinalou. Para o presidente da legenda, a adoção de uma ampla reforma tributária é essencial para o desenvolvimento do país. “Somente podemos assegurar ao país um crescimento verdadeiro com um regime simplificado e carga tributária menor, estimulando, dessa maneira, a criatividade do empreendedor brasileiro”, afirmou.