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Senado rejeita emenda de Alvaro Dias e mantém alfabetização aos oito anos

Emenda do senador alterava de oito para seis anos a idade ideal para alfabetização nas escolas públicas.

Brasília – Foi rejeitada no Senado a emenda de Alvaro Dias (PSDB-PR) que alterava de oito para seis anos a idade ideal para alfabetização nas escolas públicas. A sugestão fazia parte da Medida Provisória que institui o Pacto pela Alfabetização na Idade Certa.

Durante a discussão no Plenário, nesta terça (26), o Líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse que a proposta do governo é um retrocesso para a educação no Brasil, ao estabelecer que as escolas públicas devem alfabetizar os alunos até os oito anos de idade.

Na avaliação de Aloysio, a redução da meta deveria ser aos seis anos, já que esta é a idade de alfabetização na maior parte dos países desenvolvidos. “Esta medida é injusta. Este governo propõe uma revolução retrógrada para a educação”, disparou Aloysio.

Para Alvaro Dias, o Brasil precisa ousar e ter metas mais ambiciosas para o setor. “Manter parâmetros de qualidade em níveis muito baixos, como seria a meta de alfabetização até os oito anos, significa insistir na falta de atenção à educação”, destacou.

Lúcia Vânia (GO) disse que, a proposição retrocede e não inova, ao estabelecer oito anos como idade limite para que a criança esteja plenamente alfabetizada. Para a tucana, a alfabetização na idade certa é motor decisivo para que as crianças possam ter sucesso em sua vida escolar. “Se sonhamos com um país realmente desenvolvido precisamos de ações que deixem o nosso sistema educacional em paridade com o dos países mais ricos”, afirmou.

Na opinião de Cássio Cunha Lima (PB), o que realmente importa não é o embate deste tema entre a oposição e o governo, mas sim aproveitar o momento para fazer uma análise do futuro do Brasil. Cássio lembrou que em todos os países desenvolvidos do mundo a meta de alfabetização é 6 anos de idade, no máximo 7 anos. “Fixar em 8 anos é a anti-revolução. Se nosso filhos estudassem em escola pública não aprovaríamos esta matéria, por que aprová-la para os filhos dos pobres?”, questionou.

Cyro Miranda (GO) lamentou a falta de ambição do governo para o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Segundo Cyro, toda meta precisa ser ambiciosa, mas o governo insiste em uma meta mais retrógrada. “O Brasil mais uma vez está ficando para trás”, afirmou.

A matéria segue agora para sanção presidencial.

Do Blog da Liderança no Senado

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