Blog da Folha de Pernambuco – A justificativa apresentada pela presidente Dilma Rousseff (PT) para o veto à proposta de extinção da multa de 10% do FGTS, a destinação destes recursos à área social – incluindo programas como o Bolsa Família, foi classificada como uma “fraude” pelo presidente do PSDB de Pernambuco, deputado Sérgio Guerra. O tucano alerta para a falta de segurança para a execução desses repasses, uma vez que os valores obtidos com o mecanismo não são carimbados para um setor específico da administração federal.
“O argumento é uma fraude. O recurso paga o superávit primário e não vai para projetos sociais. É um dinheiro que é arrancado da população para o custeio das despesas do governo. Mostra a sua incapacidade de gerenciar as contas públicas”, criticou.
Sérgio Guerra ainda destacou que o veto da presidente Dilma Rousseff soa como um desrespeito do Governo ao Congresso Nacional, uma vez que a matéria foi muito debatida na Câmara e no Senado. Opinião semelhante a do deputado governista Gonzaga Patriota (PSB), que apontou falta de diálogo do Executivo com o Parlamento, sobretudo com a própria base aliada que não foi avisada da decisão da petista. “Ficamos assustados com o veto. Pegou todo mundo de surpresa”, disse.
O parlamentar avalia que o projeto era bom tanto para empregado quanto para empregador. “O empregador não tem condições de pagar 10% a cada demissão e muitas vezes o empregado quer ser demitido para receber o benefício e não conseguem, porque o empregador terá de pagar mais”, justificou Patriota. Durante o debate sobre a matéria, não houve indicação da liderança do governo por sua rejeição.