Em entrevista que concedeu ao programa QI na TV, da TV Independência, antes de participar do pré-lançamento da candidatura de Beto Richa ao governo do Estado, o senador José Serra, pré-candidato tucano à sucessão de FHC, afirmou que não existe qualquer possibilidade de alteração na chapa estadual de seu partido: ¥O candidato é Beto Richa e não há possibilidade de inverter a formação da chapa¥, assegurou o senador analisando a postura do PMDB paranaense, que só aceita uma composição em torno de seu nome se tiver a garantia de que o candidato ao governo do Estado será o senador Roberto Requião.
Diplomaticamente, Serra evitou falar das divergências entre seu partido e o PMDB e o PFL, seus possíveis aliados em nível estadual. Disse que a questão é da alçada das lideranças regionais e ele não vai interferir. Também rechaçou por completo a hipótese de uma intervenção do PSDB nacional no diretório do Paraná para abrir caminho a uma composição com os peemedebistas.
Voltou a criticar a proposta de Luiz Inácio Lula da Silva(PT) de aumento da alíquota do Imposto de Renda, que considerou inócua em termos de resultados e estimuladora da sonegação fiscal, e reforçou alguns pontos de seu programa de governo, entre eles a criação do Ministério da Segurança, uma espécie de Polícia Militar Federal ou Polícia Federal fardada, com um contingente duplicado, de ação ostensiva e repressiva e com poder para atuar em áreas delicadas como o combate e repressão ao tráfego de drogas. Frisou, porém, a importância de uma parceria sólida com Estados e municípios no sentido não só de coibir, mas também de prevenir o aumento da violência no país.
Disse que vai dar ênfase a uma política de geração de empregos, falou em ¥política deliberada de crescimento econômico¥, como chama um reforço nas ações voltadas a estimular o crescimento econômico¥, e respondeu à pergunta de deputado peemedebista afirmando que não vê necessidade de mudar o sistema de pagamentos da dívida externa, que considera adequado e realista. Mantê-lo nos moldes atuais não vai, segundo Serra, impedir que se amplie a ação social do governo que estará sedimentada justamente no desenvolvimento de uma política de exportações mais agressiva e no estímulo ao desenvolvimento.
Citando o Paraná como exemplo de experiência bem sucedida -¥embora ainda haja muito a ser feito ¥- prometeu que, se eleito, vai estimular investimentos externos na área da indústria de componentes eletrônicos¥, em sua opinião um nicho importante que pode ser preenchido com grande eficiência pelo Paraná e pela região Sul.
PSDB – PE