O pré-candidato tucano à Presidência, senador José Serra (SP), defendeu na sexta-feira a flexibilização da Tarifa Externa Comum (TEC) válida para importações feitas por nações do Mercosul de terceiros países. Numa palestra na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Serra afirmou que o futuro do bloco econômico está em afirmar o Mercosul como uma área de livre comércio e, paralelamente, dar maior flexibilidade à TEC.
¥Eles (os argentinos) estão numa situação econômica muito difícil e o Brasil não poderia agora impor barreiras¥, acrescentou ele. Serra ressaltou que seria arriscado promover qualquer mudança significativa no Mercosul. ¥É muito difícil fazer qualquer alteração dramática porque tudo pode complicar a crise argentina¥, disse o tucano. Ao tratar do tema da reforma tributária, Serra afirmou que o processo de mudança precisa ser gradual. Na visão dele, um prazo em torno de quatro anos para implementação da reforma seria razoável. ¥Basicamente, a reforma tributária não é para aumentar nem diminuir a carga tributária. Nem para mudar a distribuição entre as esferas da federação. Ela tem que ser neutra¥ argumentou.
Serra comentou ainda a possibilidade de o PFL fluminense apoiá-lo como forma de viabilizar uma aliança com o PSDB no Estado. A possibilidade foi levantada na semana passada pelo prefeito do Rio, Cesar Maia, vice-presidente nacional do PFL. ¥Se isso puder acontecer, para mim seria muito importante¥¥, admitiu. Perguntado se já estaria ocorrendo uma reaproximação entre os dois partidos, Serra limitou-se a dizer que tem ¥todo interesse em ampliar ao máximo o arco de alianças com pessoas e com forças políticas.¥
PSDB – PE