Na “Pátria Educadora”, herança do governo da ex-presidente Dilma, a educação está em queda em três importantes áreas avaliadas pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, sigla em inglês): ciência, leitura e matemática.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (06/12) e indicam que o Brasil também regrediu no ranking mundial. Ocupa agora a 63ª posição em ciência; 59ª em leitura e 66ª em matemática.
A avaliação foi realizada em 2015 em 70 países. No Brasil, a prova fica sob responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e contou com 23.141 estudantes de 841 escolas, que representam uma cobertura de 73% dos estudantes de 15 anos.
Para o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), que tem insistido na urgência de o Congresso abrir o debate sobre a reforma do ensino médio, os dados do PISA só demonstram o que povo brasileiro já sabe: a educação brasileira está de mal a pior e depende urgentemente da reformulação do ensino médio.
“É inacreditável que ainda existam agentes políticos que simplesmente estejam, de maneira reacionária, se negando a discutir e aprovar esse tema para que a gente possa devolver a esperança à nossa juventude. A reforma do ensino médio protagoniza um debate que já está muito atrasado no Brasil e esse é o maior gargalo da educação. Só tiraremos o Brasil dessa estagnação do conhecimento, desse cenário de perda de espaço em relação aos demais países pesquisados, se fizermos as reformas necessárias que proporcionarão um futuro melhor aos nossos jovens”, insiste o parlamentar.
O tucano entende que pontos da proposta de reestruturação do ensino médio, enviada pelo governo em setembro, através da Medida Provisória 746, são importantes para se promover algum avanço no sistema educacional.
Entre eles, destaca o ensino em tempo integral, o avanço no sentido de levar o jovem a atuar como protagonista na escolha de sua área de conhecimento, além do estímulo ao ensino técnico. “Isso já vai permitir um avanço na qualidade da educação. Além, claro, de buscarmos garantir também condições estruturais para esse avanço”.