Em café da manhã com operários do estado de São Paulo, nesta quinta-feira (28/08), o candidato da Coligação Muda Brasil à presidência da República, Aécio Neves, comprometeu-se a reajustar a tabela do imposto de renda, corrigindo as defasagens dos úiltimos anos.
O tucano reafirmou seu compromisso de promover um reajuste real das aposentadorias e se colocou como “um caminho seguro” para o Brasil, fruto de uma discussão com todos os segmentos da sociedade brasileira.
Abaixo, trechos da entrevista concedida pelo tucano:
Compromissos com os trabalhadores e aposentados
Estamos aqui hoje, ao lado do governador Geraldo Alckmin, do governador José Serra, para reafirmar nossos compromissos. Em primeiro lugar, com a garantia da continuidade do reajuste real do salário mínimo. Com o nosso compromisso com o reajuste da tabela do imposto de renda, inclusive, corrigindo defasagens dos últimos anos. Estamos aqui para reiterar nosso compromisso de buscar dar aos aposentados, também, um reajuste real das suas aposentadorias e principalmente garantir a retomada do crescimento da economia brasileira. Somente o crescimento da economia brasileira vai dar ao trabalhador tranquilidade em relação ao seu futuro e melhores condições salariais. Quanto menores são as oportunidades de emprego esse arrocho atinge em primeiro lugar o trabalhador. Além disso, um combate sem tréguas à inflação. Nós, que acabamos com a inflação, lá atrás, temos autoridade para dizer que para nós a inflação é tolerância zero. Reafirmamos nosso compromisso de fazer o Brasil crescer, garantindo os direitos dos trabalhadores, o reajuste real do salário mínimo, a correção da tabela do imposto de renda e também a garantia de ganhos reais para os aposentados.
Estou assumindo um compromisso de um dialogo permanente como com as centrais sindicais, essencial para encontrarmos caminhos que deem ao trabalhador brasileiro a segurança e as expectativas que ele precisa ter. Economia que não cresce não gera empregos. Os dados do Caged e do Ministério do Trabalho, esse último mês, mostram que tivemos o pior mês de julho de empregos com carteira assinada de todo esse século, assim como já havia corrido com junho e com maio. Isso é uma sinalização preocupante. E o atual governo perdeu a capacidade de gerar as expectativas necessárias à retomada do crescimento da nossa economia. Está no momento do início de um novo ciclo de governo no Brasil, responsável, experiente e ousado do ponto de vista das reformas que vão permitir ao Brasil garantir um crescimento maior.
A parceria que faremos com o Governador Geraldo Alckmin é a segurança de que aqui, também no Estado de São Paulo, vamos ter a garantia de uma retomada vigorosa dos empregos. Estamos hoje em uma importante obra da construção civil, mas esse nosso compromisso atinge outros setores. O Brasil vive uma dramática crise na sua indústria, inúmeras empresas, hoje, já anunciam a possibilidade de demissão, e demissão de um número muito expressivo de funcionários, em razão da incapacidade desse governo de garantir a competitividade necessária às indústrias brasileiras. Vamos ter uma política externa que permita a ampliação dos mercados de quem produz no Brasil. Internamente, vamos garantir com as reformas que vamos liderar uma maior competitividade para quem aqui produz e o resultado no final de tudo isso é emprego. Queremos gerar no Brasil empregos cada vez de melhor qualidade e cada vez em maior número.
Desafios do Brasil
Existem colocadas, pelo menos pontuando nas pesquisas, pelo menos três alternativas e que têm que ser respeitadas. A primeira delas representa a continuidade disso que está ai, de um governo que fracassou. Fracassou na condução da economia, fracassou na gestão do Estado e fracassou na melhoria dos nossos indicadores sociais. [Um governo em] que a saúde piora, a educação não melhora e a segurança pública é hoje uma preocupação crescente de todos os brasileiros. Temos uma outra alternativa que surge agora, que terá oportunidade de mostrar as suas propostas e dizer o que pretende fazer e com quem fazer.
E a nossa alternativa que é um caminho seguro, discutido em profundidade com todos os segmentos da vida nacional, com a sociedade brasileira. Que é a mudança mais consistente que o Brasil busca, porque para mudar é muito importante ter ideias e muitos as têm, mas é importante também ter pessoas que transformam essas ideias em realidade, em benefícios para as pessoas, em melhoria da saúde, da educação, da mobilidade, do transporte, da segurança pública. E quem tem as melhores condições de transformar as boas ideias em realidade somos nós. O Brasil enfrentará dificuldades de enorme complexidade pela frente, temos que desarmar várias bombas relógios armadas por esse governo e o que posso afirmar que o Brasil não é para principiantes.
O Brasil é para gente experiente e competente, e temos os melhores quadros, e aqui estou cercado deles, para fazer com que o Brasil volte a crescer, volte a gerar empregos de maior qualidade em quantidade. E a volte gerar esperanças as pessoas, isso que é essencial. Estou extremamente animado, temos uma caminhada de 40 dias pela frente, vamos fazê-la com serenidade e com altivez daqueles que têm um projeto não para um partido, mas para o Brasil e para os trabalhadores brasileiros.
As pesquisas
A pesquisa boa é a de cinco de outubro. Eu, quando estava em segundo lugar nas últimas pesquisas, dizia sempre que é preciso ter serenidade. Pesquisa é radiografia, o retrato como, alguns preferem, de um momento. Tivemos realmente uma mudança no quadro eleitoral, em razão do acidente que vitimou o amigo Eduardo Campos, agora, a nossa proposta é a mesma. Não temos uma proposta improvisada para o Brasil. Temos uma proposta extremamente consistente e, repito, a experiência do PT no governo custou muito caro ao Brasil. As parcerias com o setor privado demoraram a chegar, o Brasil é um cemitério de obras inacabadas por todo lado e a perda de confiança crescente na nossa economia afeta fundamentalmente o emprego. O Brasil não precisa de novas experiências, o Brasil precisa de um governo consistente, de um governo capaz de fazer as transformações que a grande maioria dos brasileiros esperam.