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SP: João Doria fecha parcerias com empresários para alavancar obras e programas sociais de sua gestão

doria-coletivaBrasília (DF) – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tem arregaçado as mangas e pedido doações a diversas empresas para custear obras e alavancar programas de sua gestão. Após reunião nesta terça-feira (31) com lideranças do setor da construção civil, o tucano anunciou mais uma parceria: a reforma de 83 albergues e a construção de novas unidades, com o apoio de 52 empresas – que não cobraram contrapartidas do poder público.

A reforma da primeira unidade, o Complexo Prates, na região da Cracolândia, vai começar ainda neste mês, e deverá custar R$ 20 milhões.

“O prefeito vai ser um pidão durante todo o seu mandato. Tenho pedido automóveis, motocicletas, roupas”, disse Doria. “É assim que vamos fazer, pedir ajuda para quem pode ajudar e sem nenhuma contrapartida”, destacou. As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira (1º) pelo jornal Valor Econômico.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), José Romeu Ferraz Neto, afirmou ao jornal que decidiu custear as obras dos abrigos por conta do projeto bem apresentado pela prefeitura. “Foi a primeira vez que apresentaram um projeto com começo, meio e fim”, apontou. “É o dinheiro mais bem empregado neste ano”.

Desde que assumiu a gestão da capital paulista, Doria tem procurado pessoalmente donos de empresas e sindicatos para pedir doações, seja para a manutenção de praças e instalação de banheiros públicos, para a segurança em vias da cidade, e até para a limpeza da ponte Estaiada. Nesta terça, por exemplo, o prefeito ligou para o dono da Riachuelo, Flavio Rocha, para pedir doações de roupas para pessoas em situação de rua. “Conseguimos 40 mil mudas de roupas novas. Não é roupa velha, nem usada, nem estragada da Riachuelo”, ressaltou.

Responsável pela conservação dos banheiros do parque Ibirapuera, a Unilever também se comprometeu a doar kits de higiene para as pessoas que vivem nas ruas ou em albergues. Serão 65 mil escovas de dentes, 96 mil desodorantes, 160 mil tubos de pasta de dente, 600 mil sabonetes e 800 xampus. Em nota, a empresa afirmou que “as parcerias com a prefeitura são uma forma de prestar um serviço para a sociedade”.

Economia

O contato com as empresas permite que a Prefeitura revitalize a capital ao mesmo tempo em que poupa recursos. No programa “Marginal Segura”, por exemplo, que aumentou os limites de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, a segurança das vias será reforçada por doações de cerca de R$ 2 milhões do setor automotivo. A Mitsubishi doou 10 picapes L200, 4X4 no valor de R$ 1,6 milhão, sem contrapartidas. Já a Honda doou 20 motos XRE 300 C que, segundo a tabela Fipe, custariam R$ 334,9 mil aos cofres públicos caso fossem pagas pela Prefeitura.

As parcerias também alavancam programas importantes da gestão Doria, como o “Corujão da Saúde”, que visa zerar as filas para exames e consultas no Sistema Único de Saúde (SUS). Hospitais particulares como HCor, Sírio-Libanês e Albert Einstein deverão cobrar a tabela do SUS para atender a população paulistana.

“Não há nenhum mal em se pedir para o bem e não há nenhum mal para aqueles que estão doando. Ao contrário. Temos que elogiar e referendar as empresas, pessoas que estão ajudando e cooperando com a cidade. Vou fazer isso todo dia”, completou Doria.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Valor Econômico.

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