Durante três semanas e em horários alternados para melhor avaliar os mesmos lugares o vereador André Régis e a sua equipe percorreram 22,5km de ruas, parques e avenidas situadas nos roteiros de turismo cultural do Recife, produzindo um relatório minucioso cujas conclusões assinalam que o centro da capital está associado à ideia de sujeira crônica resultante de um conjunto de fatores. As pessoas depositam lixo nas calçadas e sob postes em todos os horários, os resíduos entopem as redes pluviais e se espalham pelos meios fios, a degradação dos edifícios sugere um clima favorável ao desleixo coletivo e não há fiscalização nem ação educacional para inibir o comportamento predatório que vem afastando o Recife das operadoras de nacionais e internacionais de turismo. A sensação de decadência urbana é percebida pelas pessoas em trechos como o camelódromo da Avenida Dantas Barreto e outras ruas seculares do Recife. Embora realizadas intensamente, as varrições feitas pelas equipes de garis são inócuas porque logo que terminam as ruas se enchem de descartes novamente. Não há um horário rigoroso para que o lixo seja colocado nas ruas. Ao final dos dias o cenário é caótico por conta do volume de lixo – inclusive plásticos – espalhado pelo centro histórico da capital. Além do lixo há também queixas de mau cheiro exalado pelas redes de esgoto, fator este que também afugenta o turismo.
Entre os locais que foram vistoriados por André Régis constam a Praça da República, a Rua do Imperador, o Pátio de São Pedro, Av. Rio Branco – boulevard do Recife Antigo – Mercado de São José, Praça da Jaqueira e a Praça de Casa Forte.
Não só os resíduos descartados indevidamente fazem parte da sujeira urbana. A própria estrutura urbana (edificada e viária) com a degradação dos edifícios devolutos juntamente com calçadas precárias, danificadas e sem manutenção, muitas das quais com buracos (que seriam muitas vezes fáceis de tapar), bueiros entupidos e meios fios obstruídos, panfletos de propagandas comerciais com formas e localizações casuísticas, contribuem de forma significativa para a desvalorização da paisagem urbana e para a sua associação à ideia de descaso e sujeira;
Esse descaso acaba influenciando o cidadão comum a contribuir passivamente para o contexto, por achar não haver solução, ou mesmo por descartar o pequeno resíduo, como tampa de garrafas, ponta de cigarros, papel amassado, etc, pensando tratar-se apenas de um pequeno descarte que não fará diferença, assinala o relatório feiro por André Régis.
Não há força humana suficiente de varrição que faça frente à intensa obstrução de bueiros por todas as vias percorridas pela fiscalização nos bairros do Recife e Santo Antônio. Os ambulantes e comerciantes são também atores deste processo de poluição pois descartam o lixo produzido em consequência de suas atividades nas proximidades dos seus negócios, legais ou ilegais, nas calçadas e sob postes, em sacos de lixo de variados espécies, criando assim pontos de confinamento. Assim, ao longo de vias, vêm-se sacos de lixo acumulados, esperando a coleta noturna, o que, no mínimo, deveria ser substituído pelo adequado armazenamento em contêineres que para além do fator de salubridade permitiriam minimizar a poluição visual do ambiente público.
Portanto, faz-se necessário e urgente que a prefeitura atue com ações publicitárias de grande impacto de sensibilização e educação ambiental, onde o indivíduo cuide do patrimônio público concomitantemente com as ações públicas de construção, manutenção e ordenamento das vias e edificações, com também a introdução de Contêineres nas vias para que sacos de lixo não fiquem armazenados em postes das principais vias durante longas horas, sugere André Régis.
– É importante existir a percepção de limpeza urbana para que haja a inibição do ato de sujar pelo simples fato de entender que está limpo e sendo cuidado como acontece nos Centros Comerciais, que por ter uma eficiência de gestão, reproduz o conceito de cidade que gostaríamos de ter com segurança e limpeza – sugere o relatório.
Por André Régis, vereador do Recife pelo PSDB.