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TCU vê indícios de “pedaladas fiscais” nas contas do governo Dilma de 2015. Petista terá 30 dias para se explicar

Ministro do TCU, relator das contas 2015 de Dilma, José Múcio Monteiro
Ministro do TCU, relator das contas 2015 de Dilma Rousseff, José Múcio Monteiro

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou a prática das chamadas “pedaladas fiscais” nas contas de 2015 da presidente afastada Dilma Rousseff.

As irregularidades nas contas do governo do ano passado são a principal base do processo de impeachment contra a petista que tramita no Senado Federal.

O ministro José Múcio Monteiro, relator das contas, afirmou nesta quarta-feira (15) que houve indícios de distorções nas informações contábeis do exercício de 2015, com a reedição da prática de atrasos, pelo governo, nos repasses de recursos a bancos públicos para pagamento de programas – o que configura as “pedaladas”.

A prática das “pedaladas fiscais” também foi identificada pelo TCU nas contas do governo Dilma de 2014. Na época, o TCU rejeitou as contas do governo e recomendou ao Congresso que também se manifestasse no mesmo sentido.

Com o atraso nos repasses, bancos públicos como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES foram obrigados a financiar as suas ações com recursos próprios – o que configura empréstimo dos bancos ao governo, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

A autorização, por parte de Dilma, de despesas extras de R$ 2,5 bilhões, entre julho e agosto de 2015, mesmo sabendo de que o gasto era incompatível com a meta fiscal, também foi um dos argumentos que resultaram na aprovação do afastamento de Dilma pelo Congresso. Agora, o Senado vai decidir em definitivo se Dilma deve retornar, ou não, ao Palácio do Planalto.

A palavra final sobre as contas da presidente afastada cabe ao Congresso Nacional.

*Leia também: Irregularidades de contas de Dilma de 2015, apontadas pelo TCU, incluem recursos da Infraero e DPVAT

** Leia ainda: Dilma terá de explicar, em 30 dias, pedaladas do Banco do Brasil e emissão de decretos aumentando gastos quando não havia sobra de recursos no orçamento

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