PSDB – PE

Terezinha denuncia falta de acessibilidade em festival de música no Recife

A deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB-PE) denunciou problemas de acessibilidade às pessoas com deficiência no festival de música Coquetel Molotov, realizado no Recife no último fim de semana.

Da tribuna da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (23), a tucana cobrou providências do Ministério Público para que o fato se repita em eventos semelhantes. Terezinha é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência, instalada no Legislativo no início do ano.

“Com a Lei brasileira de Inclusão, é lamentável que um evento desse porte não tenha tomado providências para garantir o acesso de todos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23% da população pernambucana apresenta alguma deficiência. Cobrei providências ao Ministério Público, a fim de evitar que o fato se repita nas próximas edições do evento, que é de iniciativa privada”, frisou a parlamentar, informando que chegaram à Frente Parlamentar reclamações de pessoas que compraram o ingresso e “não conseguiram se locomover”.

MERCADO DE TRABALHO – Em audiência nesta terça (24), a Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência discutiu o problema da baixa adesão das pessoas portadoras de deficiência ao mercado de trabalho.

“Pernambuco tem potencialmente 14 mil vagas de trabalho para pessoas com deficiência, mas só 42% estão preenchidas. Quando todo mundo hoje reclama de emprego, ou as empresas não tem real interesse no assunto ou as pessoas com deficiência não se adequam às vagas por falta de treinamento. Discutimos hoje esse tema e fizemos vários encaminhamentos para a solução do problema com a participação de representantes da Assembleia, do governo do Estado, a Prefeitura do Recife,  OAB, TJ e ONGS”, informou Terezinha Nunes.

Representante do Ministério do Trabalho na audiência, Fernando Sampaio falou sobre as barreiras à inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

“A principal barreira é questão de atitude. A empresa tenta provar que está tentando contratar, mas não efetiva a contratação. E muitas delas focam mais na pretensa limitação da pessoa e não em suas potencialidades. Então é um trabalho que exige também conscientização, educação, e firmeza da Auditoria Fiscal do Trabalho na autuação ou outras providências”.

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