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Terezinha Nunes traz discussão sobre falta de água em Gravatá

A recorrente falta de água no município de Gravatá foi abordada no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco nesta segunda-feira (18). A deputada Terezinha Nunes (PSDB) subiu à tribuna da Casa de Joaquim Nabuco para cobrar providências do Governo do Estado para regularizar a situação e devolver aos cidadãos gravataenses o direito à água. O arquivo com o discurso na íntegra segue anexado no e-mail.

Pronunciamento da deputada:

Com 77 mil habitantes que quase quadruplicam nos finais de semana prolongados e nas festas como Carnaval, Semana Santa, São João e Natal, o município de Gravatá é um polo turístico reconhecido no estado, no Nordeste e mesmo no Brasil.

É, porém lamentável que tenhamos que ocupar a tribuna nesta tarde de fevereiro de 2013 para cobrar do Governo do Estado medidas urgentes para resolver um drama que a população do município vem enfrentando há meses sem que a Compesa sequer se pronuncie sobre o assunto.

Trata-se da falta quase absoluta de água nas torneiras o que tem afugentado os turistas, causado grandes prejuízos aos setores produtivos, principalmente os de hotelaria e gastronomia, reconhecidos como os que são responsáveis pelo maior número de postos de trabalho formal existentes no município.

Nos últimos três meses, inclusive no carnaval quando Gravatá recebeu milhares de turistas, a água da Compesa só vem chegando nas torneiras de dois em dois dias mesmo assim de madrugada o que obriga a população local a ficar acordada para encher recipientes. Alguns nem isso conseguem, sobretudo nos altos, pois a vazão é tão baixa que a água escorre quase como um filete pelos canos.

Nos condomínios residenciais o drama é ainda maior. Á água está sendo fornecida apenas de oito em oito dias.

Quem tem recursos recorre a caminhões-pipa que cobram cerca de R$ 200,00 por cada viagem que fazem entre os reservatórios e as residências.

No passado não existiam reservatórios para suprir nas necessidades de Gravatá mas hoje há vários incluindo as barragens de Amaraji e Chã Grande, além da Barragem de Jucazinho.

Neste carnaval, ouvido por uma emissora de rádio local o gerente municipal da Compesa, Ricardo Malta, afirmou que há dez anos não se amplia o sistema de abastecimento do município, o que aumenta o problema em tempo de estiagem como o que vivemos.

Com 89% de sua área incluída na zona urbana, dá para sentir o drama de Gravatá com a falta d`água. Estamos remetendo um pedido de informações à Compesa que tem agido com absoluto descaso com o município, embora, mesmo com a falta de água, a empresa esteja cobrando da população a conta de água como se o abastecimento estivesse normal.

Para preservar o direito dos gravataenses também estamos indagando à Compesa sobre o controle dos caminhões-pipa que abastecem o município cobrando o que bem entendem para suprir as necessidades mais imediatas da população. Ouve-se nas esquinas de Gravatá que há anos o município vem sendo vítima de exploração de pipeiros que se beneficiam da falta de água a olhos vistos, sem qualquer providência do poder público.

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