O tesoureiro do PSDB, deputado Sílvio Torres (SP), concorda com o aumento dos recursos que deverão ser destinados às candidaturas de mulheres, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determinou 30% dos recursos do chamado Fundo Eleitoral para financiar candidaturas femininas.
Na sua opinião, caberá à justiça eleitoral esclarecer algumas dúvidas que ficaram em aberto com a mudança. O tucano concedeu entrevista ao programa “Câmara Debate” da TV Câmara.
“Na eleição de 2014, diminuiu o número de mulheres eleitas e isso se deve a dois fatores: a falta de recursos e a falta de vontade política dos partidos de atenderem aos requisitos da lei e, às vezes, da própria sociedade”.
Sílvio enfatizou que o PSDB é contra a tentativa de alguns partidos de impedir ou adiar a decisão tomada pelo TSE. No entanto, cobra mais nitidez sobre o funcionamento da nova regra.
“O PSDB não apoia essa ideia de suspender, mas o que precisa ter por parte do TSE é clareza e uma certa flexibilidade para atender esses detalhes e dificuldades que poderão ser prejudiciais aos partidos, uma vez que já estamos no curso de uma eleição. A rigor, contesta-se a questão da anualidade. A lei prevê que todas as regras devam ser estabelecidas um ano antes das eleições. Essa é uma regra nova e que muda todo o entendimento que se tinha antes”, argumentou.
O tesoureiro do PSDB destacou o trabalho realizado pelo PSDB-Mulher para capacitar as tucanas que pretendem entrar na política. Em parceria com a fundação alemã Konrad Adenauer e o Instituto Teotônio Vilela (ITV), a presidente nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius (RS), promoveu três cursos de capacitação de pré-candidatas em Porto Alegre, Recife e Belém.
*Do PSDB Mulher com edições