Brasília – Fortes chuvas e deslizamentos de terra mataram 13 pessoas em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, entre a madrugada de domingo (17) e a manhã desta segunda-feira (18). Uma tragédia que se repete: em janeiro de 2011, a cidade foi vítima de uma grande catástrofe, considerado o maior desastre natural da história do país, e que vitimou mais de 900 pessoas
O tucano Otavio Leite (PSDB-RJ) relata, com pesar, mais um acontecimento, resultado, no seu entendimento, da total ausência de investimentos na região, atrelado a perdas irreparáveis: vidas. Ele vai além: “não é possível que no Brasil ainda tenhamos orçamentos já autorizados, mas com despesas que não se efetuam.”
O parlamentar se refere a projetos não executados – o que se tornou uma situação corriqueira no Rio de Janeiro. A ONG Contas Abertas identificou que apenas 32,2% dos recursos federais previstos para prevenção e reparo dos danos causados por tragédias naturais foram efetivamente aplicados em 2012. LeiaAQUI a reportagem no site da ONG.
O parlamentar criticou ainda as declarações da presidente Dilma Rousseff que, em entrevista nesta segunda, defendeu a adoção de “medidas um pouco mais drásticas” para retirar moradores que estejam em locais de risco. “É preciso alternativas para se deixar os locais de risco. As políticas habitacionais anunciadas pelo governo são muito mais figuras de publicidade do que realidade”, condenou Otavio Leite.
O drama enfrentado por esses brasileiros, vítimas do descaso do poder público, foi retratado em dezembro do ano passado, em reportagem do jornal O Globo de dezembro de 2012. A matéria revelou que muitas ações prometidas pelo governo federal nos municípios afetados não seguiram seu curso. A falta de investimento fez com que moradores voltassem a construir em áreas de risco. Casas abandonadas após a tragédia se transformaram em cracolândias. Famílias reclamaram da lentidão nas indenizações.