Pernambuco – A vereadora e líder da oposição na Câmara Municipal do Recife, Aline Mariano (PSDB), fez um balanço nesta terça-feira (3) da reunião realizada na semana passada que debateu o Projeto de Lei que proíbe o uso de veículos de tração animal na capital pernambucana.
O tema foi levado à tribuna do Legislativo porque a vereadora foi procurada por carroceiros que questionam a contrapartida assegurada pelo secretário municipal de Defesa Animal, Rodrigo Vidal.
“O secretário alega que já vinha discutindo a execução da lei com os carroceiros mas eles negam. Quando esteve na Câmara Municipal para apresentar o projeto, Vidal garantiu contrapartidas e disse que tinha construído uma proposta junto com a categoria. Foi por este motivo que os vereadores aprovaram a matéria”, esclareceu Aline Marino.
A parlamentar apontou algumas questões levantadas pelo secretário Vidal durante a audiência – como a de existência de um cadastro, feito pela sua pasta, computando cerca de 300 carroceiros no Recife. Informação que a associação dos profissionais contesta e assegura existirem aproximadamente 3 mil.
Vidal também alegou, segundo Aline, que foram realizados estudos antes de levar a proposta de lei para votação em plenário. O secretário, entretanto, recusou-se a disponibilizar cópia do suposto estudo e sugeriu que a solicitação fosse encaminhada formalmente. “O artíficio dá a ele um mês para a entrega da cópia, visto que o caminho formal seria um pedido de informação. Atrapalha o andamento das negociações”, lamentou a vereadora.
Na contrapartida aos carroceiros, a Prefeitura do Recife também se comprometeu com uma ajuda de custo, no valor de R$ 1,5 mil, a ser paga em três parcelas de R$ 500. “Mas está estudando a possibilidade de prorrogar essa ajuda por mais três meses. Para quase todas as respostas, não há definições. Apenas estudos. Resta saber porque os estudos não foram feitos antes”, questiona a tucana.
A lei que proíbe o uso de veículos de tração animal na capital pernambucana já está em vigor. Mas a vereadora Aline Mariano sugere sua suspensão por um prazo de 90 dias para tentar fechar o planejamento de sua execução. “Além disso, iremos apresentar à PCR uma proposta elaborada junto com os carroceiros como a da alternativa do uso dos cavalos de lata, uma espécie de carrinhos motorizados que conseguem transportar cargas de até 500 kg”.
Uma nova reunião dos representantes dos carroceiros com a comissão parlamentar foi marcada para o dia nove de janeiro.
Com informações da assessoria de comunicação da vereadora Aline Mariano