Deputados do PSDB destacaram a derrota acachapante do PT, do governo federal e da presidente Dilma Rousseff na disputa para a Presidência da Câmara, vencida em primeiro turno pelo peemedebista
Eduardo Cunha (RJ), que arrebatou 267 votos. O candidato do Palácio do Planalto, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), obteve somente 136 votos.
Para o deputado Antonio Imbassahy (BA), que liderou a bancada tucana na Câmara em 2014, a vergonha protagonizada pelos petistas reflete o mau humor da população com a gestão de Dilma. “Foi uma derrota vergonhosa da presidente, que reflete a avaliação do seu governo. A Câmara percebeu e mandou essa mensagem”, afirmou. O parlamentar ainda enumerou os temas que devem dominar as discussões da Casa. “Temos muita coisa para fazer, como a reforma política. A instalação das CPIs da Petrobras e do setor elétrico tem que prosseguir. Temos que ver o veto à correção do Imposto de Renda”, acrescentou.
O líder da Oposição, Domingos Sávio (MG), destacou a forte mobilização do governo petista para eleger Chinaglia. Sob as bênçãos da presidente, o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, chegou a negociar postos no segundo e terceiro escalões do governo em troca de apoio ao candidato do PT para o comando da Câmara. “Mesmo assim, o resultado colhido nas urnas foi pífio. Chinaglia teve 136 votos, enquanto seu próprio bloco de apoio era composto por 160 parlamentares. Essa derrota reflete também a insatisfação de milhões de brasileiros com o governo Dilma”, declarou.
O deputado João Campos (GO) reiterou a opinião do colega de bancada e disse, ainda, que a Câmara terá, a partir de agora, uma “presidência altiva, independente e que priorizará as iniciativas parlamentares”. “É um ganho para a sociedade”, acrescentou.
O PSDB integrou um bloco com mais três partidos – PSB, PPS e PV – e apoiou a candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) para a Presidência da Câmara. O parlamentar mineiro conquistou 100 votos e terminou a disputa em terceiro lugar.