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Tucanos criticam acordo de delação com os irmãos Joesley e Wesley Batista da JBS

O acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público Federal com os irmãos Joesley e Wesley Batista foi criticado pelos representantes do PSDB de Pernambuco na Assembleia do Estado, deputados Antônio Moraes (presidente da legenda) e Terezinha Nunes, que comanda o PSDB Mulher local.

Em sessão plenária nesta segunda-feira (22/05), ambos falaram sobre o tema. Moraes pediu que o Judiciário e o MP sejam mais “prudentes e cuidadosos” com os acordos de delação.

“Depois de dizer que compraram 1,8 mil políticos, de fazer grampos de telefone e de gravar conversa com o presidente da República, os irmãos Batista sequer foram obrigados a usar tornozeleira. Marcelo Odebrechet (que também assinou termo de colaboração) passou três anos preso e ainda vai passar mais 4 em prisão domiciliar. No caso JBS, os irmão Batista não apenas não foram presos como estão livres morando na 5ª Avenida (em Nova Iorque). Serão penalizados apenas com o pagamento de uma multa de apenas R$ 225 milhões, que representa 1,7% dos R$12,8 bilhões que arrancaram do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) durante o Governo Lula”, ressaltou o tucano.

Para a deputada Terezinha Nunes, o acordo entre a Justiça e a JBS pode “desmoralizar” a Operação Lava-Jato. “Sabemos da relevância das delações para o desenvolvimento da Lava Jato. No entanto, a forma como esse acordo foi orquestrado pode desmoralizar a operação”, disse a tucana.

O Instituto Teotonio Vilela (ITV) – instância de análise e formação política do PSDB – também abordou o tema em sua análise diária de conjuntura. O ITV considerou o acordo “vergonhoso” e defendeu a apuração rigorosa das acusações feitas pelos delatores, mas com o devido cuidado para que elas não sejam “tomadas como verdades acima de qualquer suspeita”.

“Não se discute a relevância do que a relação promíscua do grupo JBS revela das entranhas do poder no país. As acusações devem ser seriamente apuradas, com o cuidado de não serem “tomadas como verdades acima de qualquer suspeita. Mas, sobretudo, os criminosos precisam ser tratados como tal, e não como benfeitores da nação. Do contrário, vai parecer – mais do que já parece no Brasil – que o crime compensa”, defendeu o ITV.

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