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Tucanos lembram importância das manifestações pela recuperação do país

Com a consolidação das reformas estruturantes implementadas pelo governo do presidente Michel Temer, o país finalmente começou a dar, no início deste ano, seus passos mais firmes em direção à retomada do crescimento, essencial no combate ao desemprego e na melhora da qualidade de vida da população.

Apesar de os resultados mais claros desses avanços só começarem a aparecer agora, o processo de recuperação do Brasil foi iniciado há exatos dois anos, em março de 2015. O mês marcou a data das primeiras grandes manifestações dos brasileiros contra a corrupção e a má gestão, que viraram rotina no país sob o comando de Dilma Rousseff, presidente da República à época.

No dia 15 de março daquele ano, milhões de brasileiros e brasileiras saíram às ruas de cidades por todos os estados do país para se manifestar contra o governo da petista, naquele que foi, até então, o maior protesto político no Brasil desde o movimento Diretas-Já, ocorrido nos anos 1980. O clamor popular iniciado naquele domingo, aliado às descobertas de diferentes irregularidades cometidas pela administração petista no governo federal, acabou sendo um fator decisivo para a saída de Dilma do poder, o que permite hoje ao Brasil voltar a projetar crescimento econômico após viver a mais intensa crise de sua história.

Vice-presidente do PSDB e ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman acredita que as manifestações iniciadas em março de 2015 foram um reflexo do sentimento de indignação da população brasileira ao constatar que a maior parte das promessas feitas por Dilma durante a campanha presidencial de 2014 jamais seriam cumpridas. Para ele, o início do cenário de recessão que ainda assola o país também teve papel determinante no descontentamento de milhões de brasileiros contra o governo do PT.

“Havia fatos objetivos [para as manifestações contra o governo], como a queda da economia, com um crescimento já negativo, o início de um risco de desemprego que se configurava logo adiante, e também os fatos subjetivos, aquilo que ela procurou vender à população começou a ficar claro, perante todos, que eram falsidades, mentiras, um estelionato. A situação econômica e a sensação das pessoas que foram enganadas foram elementos fundamentais para motivar as pessoas a irem às ruas”, observou o tucano.

“Essa movimentação popular foi decisiva para que se consolidasse o sentimento, no país todo, de que a presidente não tinha mais condições de presidir o Brasil. As mobilizações de rua foram o coroamento de um processo que foi se demonstrando cada vez mais grave, e foram a vontade espelhada da população no sentido de se ver livre do governo petista”

A opinião é compartilhada pelo presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal. Em sua visão, as manifestações registradas em todo o país há dois anos foram uma resposta de milhões de brasileiros ao estelionato eleitoral cometido por Dilma e membros de seu partido.

“A fraude eleitoral aguçou na população o sentimento de engano. Nos enganaram, fraudaram a eleição, e as pessoas começaram a se mobilizar. Num primeiro momento, para cobrar do governo ação, iniciativa. Num segundo momento, a sociedade se convenceu de que aquele governo não tinha mais condição de continuar e a ideia do impedimento da presidente começou a aparecer. E foi ganhando expressão na medida em que o governo estava completamente inerte. Eu costumo dizer que, com mais dois meses de governo Dilma, o Brasil teria quebrado literalmente”, lembrou o parlamentar.

Mudanças pós-Dilma
Apesar da saída do governo Dilma mais de um ano após a realização das manifestações de março de 2015, Aníbal ressalta que o país ainda sente as dificuldades do cenário de “desastre total” deixado como herança pela gestão da petista. Na avaliação do tucano, as ações realizadas pelo governo do presidente Temer já mudaram parte do quadro, mas ainda é necessário que o país avance na agenda de reformas, em especial a relativa à Previdência Social.

“Dilma saiu e encontramos uma situação sobre a qual o governo passou a atuar diretamente, imediatamente, na recuperação das contas públicas, e já temos sinais que são expressivos de que elas estão sendo recuperadas, a um custo enorme, é claro, no ano passado foram R$ 170 bilhões que foram acrescentados à dívida para poder manter as contas em dia. E votações importantes já foram feitas, inclusive a relativa ao teto de gastos. O que carece, de uma forma absolutamente urgente, é a realização da reforma da Previdência”, alertou Aníbal.

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