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Tucanos resistem à manobra governista para aprovar “calote de Dilma”

Líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (PSDB-BA)
Líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (PSDB-BA)

Brasília – Parlamentares do PSDB repudiam os artifícios adotados pelos governistas para colocarem em votação o PLN 36/14 – considerado o “calote da Dilma” – que autoriza o governo federal a fazer um abatimento sem limite da meta de resultado primário do ano, que é de R$ 116,1 bilhões.

Contando com uma base robusta na Câmara e no Senado, o governo garantiu a aprovação integral da proposta – sem a inclusão de nenhum destaque – na madrugada desta terça, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), sob os protestos de deputados do PSDB.

Horas depois, a base aliada se mobilizou para limpar a pauta da sessão conjunta do Congresso, tomada por 38 vetos presidenciais além de quatro projetos de lei, e garantir a votação do projeto que viola a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Instituído pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, o dispositivo legal impõe aos governos o equilíbrio das contas públicas.

Os tucanos resistiram por cerca de seis horas às investidas dos representantes do Palácio do Planalto no Parlamento, que acabaram conseguindo votar os vetos. “O Congresso Nacional e o povo não merecem assistir a essa sessão, em que a Dilma procura uma anistia ao malfeito que ela produziu”, disse o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (PSDB-BA). “Qualquer governante irá tomar a presidente como exemplo, que quebrou o país e quer mudar a lei.” O resultado da votação não havia sido divulgado até o fechamento desta edição.

O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) lamentou a postura subserviente dos aliados do governo, que, ainda constrangidos e divididos, acatam as vontades de Dilma. “Infelizmente, o Planalto mais uma vez vem aqui e coloca de joelhos o Congresso”, afirmou.

* Informações do Portal do PSDB na Câmara

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