
O desmonte do grupo de delegados e agentes que se dedicavam exclusivamente à operação Lava Jato foi visto com preocupação pelos deputados federais Betinho Gomes e Daniel Coelho, ambos do PSDB-PE.
Em entrevista ao jornal Folha de Pernambuco, publicada na edição desta sexta-feira (7/7), Betinho acredita que a medida pode comprometer a capacidade de acompanhamento das investigações realizadas pela Lava Jato que vinham contando com o reforço da força-tarefa.
“Como os delegados vão agora se debruçar em vários temas, a capacidade de acompanhamento (das investigações da Lava Jato) será mais lenta”, alertou.
Para Daniel Coelho, o importante é que a Lava Jato dê continuidade às investigações e o Judiciário conclua o julgamento dos suspeitos para que se acabe esse clima de “instabilidade” que toma conta do país. “Isso (julgamento) deve acontecer até o final do ano para que não entremos em 2018 com essa mesma instabilidade”.
Formavam a força-tarefa da Lava Jato quatro delegados e um grupo de agentes somando 40 pessoas no total que se dedicavam exclusivamente à operação. O encerramento dos trabalhos do grupo foi uma decisão da Polícia Federal, alegando se tratar de uma medida necessária para compensar a redução no efetivo de policiais cedidos à operação Lava Jato.
Segundo informa o jornal Folha de S. Paulo desta sexta (7), a força-tarefa vinha progressivamente sofrendo cortes. Somente em maio deste ano, caiu de nove para quatro a quantidade de delegados dedicados à Lava Jato.