Brasília – A presidente Dilma Rousseff aproveita as escalas que faz para suas viagens internacionais para ir a museus e restaurantes renomados, além de admirar obras arquitetônicas.
Reportagem da Folha de S. Paulo desta quarta-feira (29) informa que desde que assumiu o cargo em 2011, a presidente costuma aproveitar para desfrutar durante as escalas técnicas dos voos para passear anonimamente.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) criticou duramente o comportamento da presidente e de sua comitiva.
Segundo ele, o “turismo com dinheiro público” é irregular e merece respostas para a sociedade.
“Nós, do PSDB, estamos questionando há muito tempo o turismo internacional da presidente. Em março de 2013, ela foi com uma comitiva enorme para entronização do papa Francisco, em Roma [Itália], e todos ficaram hospedados em um hotel caríssimo e nada foi explicado para os brasileiros”, afirmou o parlamentar.
Sigilo? – O senador questionou o chamado sigilo que protege as contas presidenciais sob o argumento de “questões de segurança”.
“É fácil a presidente dizer que ela mesma pagou a conta no restaurante. Não tem como prova porque não há prestação de contas e existe um sigilo que a protege”, ressaltou Dias. “É estranho isso ocorrer em um governo que defende a transparência das contas públicas.”
A reportagem da Folha diz que em várias ocasiões Dilma costuma pernoitar em hotéis sem que a agenda oficial informasse seu paradeiro.
Em Lisboa foi assim.
O sigilo da viagem levou o Planalto a administrar um desgaste. As preparações para as paradas técnicas exigem providências logísticas similares às das agendas oficiais.
Em 2012, ao voltar da Índia, Dilma aproveitou um pouso técnico na Sicília para ir almoçar com ministros.
Fez o mesmo na Espanha, um pouco antes, e chegou a fazer check-in em um hotel em Granada, mas desistiu de dormir na cidade.
A Folha informa que as paradas técnicas custam caro.
Levantamento do Itamaraty indicou que somente as paradas da presidente em Atenas e Granada, além dos preparativos para visita a Praga, que acabou cancelada, custaram R$ 433 mil.
*Da Rede 45