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Unasul não aceita versão de Dilma de que seu impeachment é um “golpe político”

dilma29012016_291-1Brasília (DF) – Apesar de o governo da presidente Dilma Rousseff tentar a todo custo classificar o processo de impeachment que atualmente corre no Senado como um “golpe político”, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) não comprou a versão.

Durante reunião do conselho de ministros das Relações Exteriores, realizada neste sábado (23/04) em Quito, capital do Equador, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, tentaram, sem sucesso, buscar um apoio explícito da entidade contra o impeachment.

Mesmo com a pressão da diplomacia brasileira, a crise política no país sequer foi mencionada no comunicado conjunto divulgado pelos ministros ao final da reunião, já que Argentina, Chile e o Paraguai não se convenceram com a versão de “golpe” apresentada pelo PT. O governo Dilma só conta com o apoio de governos totalitários e alinhados ideologicamente, caso de Venezuela e Bolívia.

O intuito do governo brasileiro era fazer com que a Unasul acionasse uma cláusula democrática contra o Brasil. É importante destacar que a ação poderia causar ainda mais danos comerciais, institucionais e políticos ao Brasil, já que o país poderia até ser suspenso do bloco, como aconteceu com o Paraguai em 2012, quando o presidente Fernando Lugo foi deposto do cargo. Também falhou a tentativa do governo de formar uma comissão de observadores internacionais para acompanhar a situação no Brasil.

Segundo reportagem do portal Diário do Poder (25/04), ao término da reunião, o comunicado oficial dos ministros de Relações Exteriores da Unasul expressou solidariedade ao povo e governo equatoriano, em vista dos recentes terremotos que devastaram a região, e reiterou o compromisso de continuar apoiando as vítimas e a reconstrução das zonas afetadas.

Os representantes da Unasul também se solidarizaram ao povo e governo uruguaio, atingidos por “fenômenos naturais” que provocaram vítimas e danos materiais. O comunicado prometeu um esforço conjunto para viabilizar mecanismos de controle e prevenção de desastres naturais nas nações que integram a Unasul. Sobre a crise política brasileira, nenhuma palavra foi dita.

*Leia também “Tucanos reagem ao discurso de golpe da presidente Dilma em assembleia da ONU”

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