Brasília – Inaugurados pelo então presidente Lula, em maio de 2010, em Recife (PE), os conjuntos habitacionais Vila Imperial, Zeferino, Agra e Vila Mangue, integrantes do programa habitacional do governo Minha Casa, Minha Vida – iniciativa que contempla pessoas com renda de até três salários mínimos, considerada uma das vitrines do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na gestão petista – já estavam em decadência um ano depois.
No Vila Imperial, o teto de alguns apartamentos desabara, havia infiltrações em toda parte e, o que era pior, unidades onde os detritos do esgoto do pavimento superior escorriam para os inferiores. Dezenas de unidades permaneciam sem vidros e os moradores reclamavam ainda de uma fossa mal vedada e de entupimento nas tubulações.
Também em maio de 2011, no Rio de Janeiro, imóveis do conjunto habitacional da Rua Quatro, na Rocinha, zona sul, apresentavam rachaduras, infiltrações e problemas no abastecimento de água. Moradores reclamavam que, como a obra foi entregue às pressas, quando chovia, a água invadia os apartamentos, ocasionando as infiltrações.
Em janeiro de 2012, em São Paulo e no Distrito Federal, o programa ainda não havia saído do papel.