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“Venezuela: a ditadura se instala na vizinhança do Brasil”, por Bruno Araújo

Tucano defende que a presidente Dilma aja com o mesmo rigor que agiu com o Paraguai, quando lhe interessou, e exija a suspensão da Venezuela do Mercosul

16243148137_312190d078_zA Venezuela do presidente Nicolás Maduro acabou de mostrar que é um regime inconciliável com a democracia ao sequestrar o prefeito eleito de Caracas Antonio Ledezma por forças de Estado. Ontem à tarde, sem qualquer ordem judicial, cerca de 80 homens encapuzados e armados do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional cercaram a prefeitura e levaram o prefeito sob a falsa acusação de tramar um golpe de Estado.

Ledezma não foi o primeiro. O governo de Nicolás Maduro tem se valido de acusações forjadas de conspirações golpistas para investir contra a integridade física e os direitos políticos de seus opositores. Da mesma forma, sujeita a população venezuelana a privações nunca antes vistas, decorrentes de opções equivocadas e políticas públicas mal sucedidas que estão levando o país vizinho a um estado de degradação política e econômica. Hoje, no país com maiores reservas de petróleo do mundo, falta comida nas prateleiras dos supermercados.

Com a prisão arbitrária do prefeito de Caracas, a Venezuela agride o Protocolo de Ushuaia, de 1996, que exige compromissos democráticos dos países membros do Mercosul.

O governo Dilma deveria agir com o mesmo rigor que agiu com o Paraguai quando lhe interessou e exigir a suspensão da Venezuela do Mercosul.

Diante desses fatos, estamos pedindo a convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, para apresentar o posicionamento do Governo brasileiro em relação a esse fato deplorável.

O Brasil não pode mais ficar de braços cruzados enquanto uma ditadura se instala e se consolida em sua vizinhança.

*Bruno Araújo é líder da Oposição na Câmara

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