Com o risco de se tornar inelegível nas próximas eleições caso a sentença do juiz Sérgio Moro seja confirmada em segunda instância, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta a todo custo reconquistar o eleitorado com ataques à Operação Lava Jato e discursos vazios.
Em um improvável cenário em que o petista possa concorrer e acabe ganhando a disputa pela Presidência em 2018, o resultado será um desastre para o país. Projeções da consultoria 4E apontam que, com Lula no comando do Brasil, haverá uma guinada na política econômica rumo ao populismo, levando todos os índices, mais uma vez, para o buraco.
Os estudos revelam que as recentes declarações de Lula sinalizam que ele irá acelerar os gastos públicos para tentar reaquecer a economia por meio de investimentos em infraestrutura e de crédito subsidiado dos bancos estatais, sem compromisso algum com a agenda de reformas estruturantes e o ajuste fiscal.
A consultoria afirma que, com Lula ganhando a disputa, o resultado seria o aumento gradual da inflação ao consumidor para 7% em 2019 até chegar a 15% em 2022. Para conter a disparada dos preços, o Banco Central (BC) seria obrigado a aumentar a taxa básica de juros para 10% ao ano em 2020 e até 17% em 2022.
O economista e deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO) explica que as projeções demonstram claramente a ineficácia do populismo e o retrocesso que será o eventual governo Lula para a economia brasileira.
“A política desastrosa do PT não tem mais vez no Brasil. Essas declarações do Lula de que vai fazer tudo igual ao que já fez é um absurdo. Eles quebraram o país. Para crescermos, não vai ser pelo lado de aumento dos gastos do governo, mas pelo aumento do investimento”, disse.
Segundo a reportagem, a adoção de uma política econômica populista teria outras consequências negativas para o país, como a perda do poder de compra da população, em especial das famílias mais pobres, e a redução dos investimentos privados. A taxa de desemprego voltaria a crescer e atingiria 13,5% no primeiro ano do próximo governo.
Outro fator atingido seria o câmbio, que se desvalorizaria com força. De acordo com as projeções, o dólar chegaria a R$ 4,41 reais em 2019 e a R$ 5,87 em 2022, como reflexo da fuga de capitais do país. O país voltaria a entrar em recessão já em 2019, encolhendo 2%. Nos quatro anos de mandato, a retração média seria de 0,3%.