Foi a partir de uma pesquisa nacional sobre o andamento das salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) no país, que a capital Teresina recebeu representantes do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Na ocasião escolas da rede municipal foram visitadas e informações para melhorar a educação especial foram colhidas. Uma estratégia para implantação e consolidação da Política Nacional de Educação Especial.
O AEE é um serviço da educação especial desenvolvido na rede regular de ensino que organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, eliminando barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas, sejam elas de natureza física, intelectual ou sensorial (visual e pessoas com surdez parcial ou total).
Outro grande objetivo do AEE é complementar a formação do aluno visando a autonomia e independência dentro e fora da escola, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino comum.
Para apoiar o aluno com deficiência, transtornos gerais de desenvolvimento e altas habilidades, professores com conhecimento específicos nas áreas de LIBRAS, Sistema Braille, atividades de vida autônoma, tecnologia assistida, desenvolvimento de processos mentais, adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos, entre outras, fazem parte do projeto.
“A preocupação que o município tem em melhor atender aos alunos da Rede Municipal de Ensino fez com que tivéssemos a preocupação de estar realizando estas formações para orientar melhor os profissionais na inclusão das crianças especiais”, explica Maria Teresa Fortes, coordenadora de Educação Inclusiva da SEMEC.
Atualmente, em Teresina são 77 salas de AEE liberadas pelo MEC e isso gera um benefício para cerca 1.540 estudantes. Entre escolas e CMEIS são aproximadamente 260 prédios, que distribuídos nas zonas rural e urbana de Teresina são assistidos pelo projeto de atendimento educacional especializado.
Todas as escolas foram estruturadas com conjunto de equipamentos de informática, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade para a organização do espaço de atendimento educacional especializado. Os resultados já podem ser visto através de depoimentos.
Os irmãos José Adrialeson Fernandes, de 9 anos, e Adrianderson Silva Fernandes, de 8 anos, estudam na Escola Municipal Murilo Braga e não escondem a satisfação com as carteiras novas, que foram adaptadas às suas necessidades e que melhoraram consideravelmente suas posturas. “Ficamos muito felizes, estamos menos cansados e nossas notas melhoram ainda mais, estamos tirando muitos 10”, diz o mais novo.
Para Manoel Fernandes, pai dos dois alunos, é fácil perceber as mudanças positivas no comportamento dos meninos. “Por conta das várias atividades desenvolvidas pelos meninos, eles ficavam muito cansados no fim do dia. Agora, além da postura ter melhorado, estão menos cansados, já que a carteira é confortável. O desempenho escolar também vem melhorando bastante”, afirma Manoel.
A Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) é responsável por mediar todo o processo entre a escola e o MEC. Além da disponibilização de espaço físico para implantação dos equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos de acessibilidade, bem como do professor para atuar no AEE.