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“Brasil pede uma profunda transformação”, diz Marden Menezes

13 de novembro de 2013
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MardenO presidente do Diretório Estadual do PSDB, deputado Marden Menezes, concedeu entrevista exclusiva ao Portal Acesso Agora, de Piripiri e falou sobre trabalhos na Assembleia e planos do do partido em nível estadual, nacional e também sobre a política em Piripiri.

Acesse Agora – O senhor assumiu a presidência do PSDB recentemente, que avanços já podem ser sentidos em sua gestão?
Marden Menezes – Bom, é muito cedo, mas assumimos o partido em meio à especulação de saída do Dr. Silvio Mendes e num momento também de afirmação do Presidente Aécio Neves, no plano nacional. Trabalhamos duro e tivemos êxito com a permanência de uma das nossas maiores lideranças e começamos a tocar o PSDB, que já vinha muito bem dirigido pelo deputado Luciano Nunes. Sugerimos a realização de encontros regionais à Executiva Nacional e fomos atendidos com a realização do encontro de Maceió, onde o PSDB do Piauí participou com grande comitiva. Recentemente filiamos novas lideranças, como o Lazaro do Piauí e empossamos a nova direção do ITV. Estamos procurando fazer o melhor possível.

Acesse Agora – Quantos filiados o partido recebeu este ano? O PSDB cresceu?
Marden Menezes – Não temos esse número exato em nível de estado. Só com uma busca detalhada junto ao sistema do TRE. Porém, em se tratando da procura pelo partido, temos recebido diversos pedidos das mais diversas regiões para a abertura de comissões provisórias, como também para a renovação das já existentes. Esse é um processo que a executiva avaliará com toda atenção, primando pela fidelização aos princípios, propostas e lideranças do partido. Mesmo com o surgimento de novos partidos e o troca-troca pré-eleitoral, mantivemos nossos principais quadros e recebemos novas lideranças.

Acesse Agora – Como o partido está se preparando para 2014?
Marden Menezes – O PSDB é o maior partido de oposição do país. São oito governadores, dentre eles de estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais. É certo que teremos um forte candidato à Presidência da República, com chances de vitória, possivelmente o senador Aécio Neves. Em nosso Piauí, a população tem manifestado o desejo de ter Dr. Silvio Mendes como Governador. A cada pesquisa seu nome está entre os preferidos e com os menores índices de rejeição. Uma candidatura ao Governo do Estado segue em pauta, assim como vamos buscar o fortalecimento de nossa bancada estadual e a possível eleição de um deputado federal. Contudo não vamos cometer nenhuma precipitação e avaliaremos naturalmente outras possibilidades. O partido tem a responsabilidade necessária para não fugir à luta e humildade para apoiar uma aliança se esse for o desejo do povo e das nossas lideranças.

Acesse Agora – A disputa por Sílvio Mendes é intensa por várias siglas, gerando inclusive atrito com partidos como o PMDB, que o quer como vice a todo custo, como o PSDB tem administrado isso? As duas siglas estão em crise?
Marden Menezes – No diálogo entre partidos é comum um ou outro ponto de discordância, ainda mais quando se trata de uma sucessão estadual. Há uma boa relação com o PMDB e, para ambos, é importante que continue assim. O PSDB sabe do que representa Silvio Mendes, Firmino Filho, nossos deputados, prefeitos, vices, vereadores e a militância tucana. Ter consciência da força do partido é ter responsabilidade para decidir o que for melhor pelo Piauí. Tenho dito que a cautela deve nortear os caminhos dos partidos que pensam em formar uma aliança, independentemente da posição numa futura chapa. De nossa parte vamos continuar conversando com humildade e bom senso.

Acesse Agora – O PSDB, neste momento, estaria mais próximo de quem?
Marden Menezes – Não há nada definido. O partido tem conversado com o PMDB, PSD, PPS, Solidariedade e muitos outros, inclusive o PSB. O acirramento do pleito anterior está superado e é inegável que o rompimento do PSB com o Governo Federal abre a possibilidade do diálogo. Porém não vetamos ninguém e conversaremos com quem quiser conversar conosco. Entretanto, pelo histórico do PSDB, dá para ter uma noção de qual caminho é mais provável. Lógico que não é hora de antecipar nada.

Acesse Agora – O PSB é aliado dos tucanos na capital, qual a possibilidade dessa aproximação se estender ao Palácio de Karnak e, ao lado do governador Wilson Martins, marchar juntos em 2014?
Marden Menezes – Com relação ao PSB não há nada que impeça ou proíba uma aproximação. O PSB de fato tem uma boa relação com a gestão do Prefeito Firmino Filho na nossa capital e até mesmo a relação pessoal entre Dr. Silvio Mendes e o Governador Wilson Martins foi retomada. Creio que a postura do PSB hoje a nível nacional abre até possibilidades. Se estarão juntos ou não, só o tempo dirá. Nem eu, nem eles têm essa resposta.

Acesse Agora – O PT foi o primeiro partido a lançar uma pré-candidatura para 2014, o senhor acha que o partido se precipitou, já que se fala em franca campanha pelo interior do estado?
Marden Menezes – É ruim avaliar a conduta alheia. Penso que qualquer partido tem o direito de lançar quem entender melhor para disputar as eleições. O que é contestável é isso acontecer enquanto ocupa cargos de um Governo contra o qual já se trabalha contra. Para muitos o apego aos cargos fala mais alto. É uma lamentável realidade. Quanto à campanha antecipada, infelizmente não é novidade. Cabe ao MP Eleitoral e à Justiça coibirem.

Acesse Agora – Com Marina ao lado de Eduardo Campos e a clara empatia do governador de Pernambuco por Aécio Neves, que proveitos o PSDB pode tirar disso?
Marden Menezes – Com o máximo de sinceridade, espero que estejam ao lado de Aécio Neves numa possível disputa no plano nacional. Contudo, creio que só será possível em um eventual segundo turno. O Brasil pede uma profunda transformação. Não tenho dúvida de que Aécio Neves será um dos vetores para o avanço do país, assim como Eduardo e Marina serão importantes.

Acesse Agora – Como o senhor avalia o governo de Wilson Martins?
Marden Menezes – Ainda longe do ideal, porém mais responsável que o de Wellington Dias, onde o Piauí reuniu as melhores condições para avançar, mas se perdeu pelo caminho. Dívidas como o porto de Luís Correia, aeroporto internacional de São Raimundo Nonato, refinaria de petróleo, centro de convenções para a capital, saneamento básico para as maiores cidades, preservação dos rios Poty e Parnaíba e tantas outras ainda estão em aberto. Mas para um Governo que deveria ser a continuidade de outro, comparando com a exaltada amizade entre Wellington e Lula, o atual Governo abordou de forma mais responsável os problemas do estado.

Acesse Agora – Por falar em Wilson Martins, como o senhor viu a redução das taxas do Detran?
Marden Menezes – Após ter iniciado toda a discussão há anos na Alepi e ter proposto a criação da Comissão Especial de Estudos sobre as taxas do Detran, já na atual legislatura, através da qual formulamos o projeto para a redução das taxas, sinto-me contemplado com a mensagem governamental enviada a Assembleia. Uma sensação de que tanto trabalho surtiu efeito. Mas devo lembrar que houve um compromisso público assumido pelo Governador quando convocamos o Detran em 2011, para audiência no próprio Plenário, com transmissão para todo o Piauí. E lembrar que é preciso avançar mais. Reconheço o ato positivo do Governador, mas vamos continuar atentos às questões do Detran. A redução das taxas faz justiça à condição socioeconômica do povo piauiense.

Acesse Agora – Seu grupo político administrou a cidade de Piripiri por muitos anos, em 2013 assumiu o prefeito Odival Andrade, que é de oposição. Já é possível uma avaliação de sua gestão?
Lamentavelmente um desastre. Piripiri infelizmente passa por dificuldades. Todo o processo de crescimento que vinha acontecendo de repente estancou. De cidade vencedora do prêmio UNICEF em 2012 para atrasos de pagamentos, fechamento de escolas, abandono da UPA, abandono da Creche Pro-infância, abandono do time do 4 de Julho, deficiência na limpeza e conservação das vias públicas, são alguns dos prejuízos em 2013. Para completar, a gestão municipal vive uma crise política com o recente rompimento entre o prefeito e a vice-prefeita, que afeta o dia a dia dos órgãos públicos. A população atendeu a um discurso de mudança e hoje não se sente representada ou atendida com o resultado.

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