Inflação em alta, juros lá no teto e carga tributária elevada. Esse é o resultado da desastrada gestão da economia pelo governo Dilma Rousseff. O impostômetro deve registrar nesta terça-feira (14) a marca de R$ 500 bilhões em tributos pagos pelos brasileiros nos primeiros 105 dias do ano.
A marca será alcançada um dia antes do registrado em 2013, que ocorreu em 16 de abril. Em 2012, o valor foi atingido apenas em 2 de maio. A carga tributária continua em alta e deve superar 36,5% do PIB neste ano, sem qualquer sinalização do Planalto de alívio no bolso de contribuintes e empresas, muito menos de reforma tributária. Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), o cenário é fruto da inoperância do governo.
“É lamentável o desempenho do governo da presidente Dilma. A inflação em alta, os juros lá em cima e a carga tributária elevada prejudicam os trabalhadores. Ela não fez a reforma tributária que deveria fazer. É um governo inoperante”, afirmou nesta segunda-feira (14).
Em maio de 2010, a então pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, assumiu o compromisso de que faria a reforma se fosse eleita. “Sou favorável à reforma tributária. Assumo o compromisso porque é a reforma das reformas”, afirmou Dilma, durante o Encontro da Indústria com os Presidenciáveis, realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. “Sem ela, é difícil assegurar um crescimento sustentável”, completou a petista. No entanto, a promessa ficou só no discurso, conforme destacou o tucano. “A única reforma que ela fez foi no Palácio da Alvorada, onde ela mora”, criticou.
O boletim Focus divulgado hoje pelo Banco Central aponta que a previsão do mercado para a inflação subiu para de 6,35% para 6,47% em 2014. A elevação ocorre após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, ter atingido em março o maior valor para o mês desde 2003.
Na avaliação do parlamentar, o peso da alta dos preços no bolso dos trabalhadores é ainda maior que o oficial. “A presidente Dilma prometeu mundos e fundos, mas os trabalhadores estão sentindo a verdadeira inflação no supermercado. Há uma carestia, uma elevação de preços muito grande, muito maior do que está sendo registrado pelos institutos que medem a inflação no Brasil”, destacou.
Com o novo aumento na previsão do índice para 2014, a estimativa dos economistas do mercado financeiro para a inflação se aproxima mais ainda do teto de 6,5%. Em 2010, a inflação somou 5,91%, passando para 6,5% em 2011; para 5,84% em 2012; e para 5,91% no ano passado