Filie-se
PSDB – PI
PSDB – PI

Em 2017, Minha Casa Minha Vida entregará cerca de 22 mil unidades no Piauí

16 de setembro de 2016
Email Share

Um dos principais programas dos governos petistas, Minha Casa Minha Vida, travou nos últimos anos, deixando diversos sonhos para trás. A ex-presidente Dilma Rousseff e o PT, após o impeachment, passaram a bombardear o governo de Michel Temer, acusando-o de querer acabar com os programas sociais e tratar com descaso os mais necessitados.

Bruno Araújo, ministro das Cidades, afirma que o programa travou por má gestão. “O Minha Casa Minha Vida travou por absoluta má gestão. Não foi só a questão econômica. Vamos retomar a credibilidade do programa”, promete o ministro das Cidades, Bruno Araújo.

A meta é contratar, até dezembro, 70 mil unidades. Para 2017, a meta aumenta para 600 mil, com recursos totais de R$ 64,7 bilhões — R$ 7,2 bilhões previstos no Orçamento-Geral da União, R$ 48,5 bilhões de financiamento do FGTS e outros R$ 9 bi de subsídios do Fundo. Outras duas medidas serão apresentadas nos próximos meses. O lançamento do cartão reforma, para que famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil possam fazer melhorias em seus imóveis, em valores que cheguem a até R$ 5 mil; e, até o fim do ano, o governo quer mandar ao Congresso um projeto de lei para acelerar a regularização fundiária. “50% dos donos de imóveis no país não têm a titulação da terra”, resume Bruno.

No Piauí, não será diferente, pois cerca de 22 mil unidades habitacionais serão entregues em 2017, realizando assim o sonho da casa própria de milhares de piauienses. “Ao contrário do que o PT insiste em divulgar, o novo governo não vai interromper o programa ou reduzir seus recursos para a construção de moradias populares, vai construir e ajudar mais cidadãos a realizar o seu sonho”, afirma o presidente do diretório estadual, Marden Menezes.

O ministro das cidades, Bruno Araújo, ainda afirma que e o governo petista acabou com o programa Minha Casa Minha Vida. “Eles acabaram com o programa. Em 2013, aceleraram as metas, com intuito eleitoral e contrataram mais de 400 mil unidades. Esses valores foram caindo, gradativamente, até chegar a zero nos últimos meses de gestão da presidente cassada”, dimensiona o ministro das Cidades. “Pior, eles pararam de pagar as construtoras e fornecedores. Regularizamos esse fluxo de caixa e, por isso, será possível retomar o ritmo das obras”, completa Bruno.

Essa questão da inadimplência preocupou, e muito, os empresários do setor. Em janeiro de 2015, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, compareceu à posse dos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy. Em audiência posterior, sugeriu a revisão das metas do programa, devido aos atrasos nos repasses. “Ao contrário do que esperávamos, eles nos pediram para acelerar. O dinheiro sumiu, as empresas não aguentaram, e as obras pararam”, afirma Martins.

Agora, o governo Temer tenta, lentamente, retomar o ritmo. Das 70 mil unidades previstas para este ano, 50 mil são de moradias já programadas, mas as obras estavam paralisadas. Outras 20 mil serão realocadas de programas como o PAC Saneamento e Mobilidade Urbana. Para o ano que vem, os recursos já estão previstos no orçamento. A intenção é contratar 400 mil moradias das faixas 2 e 3; 100 mil na faixa 1; 40 mil na faixa 1,5; e 70 mil de entidades rurais.

 

Credibilidade

Bruno Araújo disse que o grande esforço é recuperar a credibilidade no mercado e a capacidade de financiamento e planejamento. “Para se ter uma idéia, herdamos um Ministério com orçamento de 71 anos comprometidos na área de mobilidade e outros 40 anos destinados a obras de saneamento”, diz o ministro. “Não tínhamos um problema apenas na questão econômica. Enfrentávamos uma séria crise de governança. Os dados e a organização administrativa foram completamente distorcidos ao longo de todos esses anos”.

O presidente da CBIC acha factíveis as novas metas estabelecidas pelo governo no ano que vem. José Carlos Martins acha, no entanto, que a retomada será gradual e ainda está longe dos patamares anteriores. “Se pensarmos que o governo está prevendo R$ 7 bilhões do Orçamento-Geral da União para 2017, é inevitável comparar com 2014, quando esse montante era de R$ 24 bilhões. Por outro lado, não adiantava ter recursos se não havia garantia para pagamento”.
Martins lembra que, nos primeiros anos do Minha Casa Minha Vida, a regra era o que o mercado chamava de D+2. Na prática, isso significava que o pagamento era feito dois dias após a entrega da fatura. “Isso evitava a necessidade de capital de giro para as obras. Ela própria se pagava. Quando os atrasos começaram, as empresas passaram a recorrer a empréstimos bancários. O fluxo diminuiu, os juros aumentaram, e muitas empresas quebraram”, lembra o executivo.

 

Compartilhe!

Ad